Assunto pessoal

Uma esposa para Chris Morgan

Babá multitarefas pôs fim à preocupação com questões domésticas e permitiu a advogada decolar na carreira

Compartilhar:

“Eu contratei uma esposa. E minha carreira decolou.” É dessa forma que a advogada norte-americana Chris Morgan relata, em um bem-humorado texto no agregador de blogs Medium, por que contratou uma profissional, misto de babá, empregada doméstica e cozinheira – atributos que, para muita gente, ainda são associados ao ideal de esposa. A partir daí, Morgan pôde se dedicar como um “homem” ao trabalho.

Luisa, a babá multitarefas, é uma jovem de 20 e poucos anos, sorridente, calorosa, linda, segundo Morgan. A moça tinha uma carga horária de no mínimo 25 horas e cobrava um salário robusto. Embora estivesse com o orçamento apertado, a advogada concordou. “Foi uma das melhores decisões que já tomei.”

Ela conta que sua jornada de trabalho é longa, muito estressante e o que se espera de seu trabalho é nada menos do que a perfeição. Algo impossível de conciliar com a vida familiar. “Eu tenho filhos pequenos. Eles precisam de mim por perto.” Mas, para Chris, ser uma ótima advogada e uma ótima mãe ao mesmo tempo era um objetivo inatingível.

Então Luisa chegou. “Ela tornou isso possível. E me devolveu a capacidade de concentração.” Morgan conta que não precisava mais se preocupar com a jornada de uma hora e meia para chegar em casa a tempo de levar a filha à aula de dança. Ou para levar o filho ao jogo de beisebol. “Nada de arrumar os quartos das crianças, levá-las para comprar roupas, fazer supermercado ou preparar o jantar.”

Com tempo e espaço extras no cérebro, a advogada se dispôs a trabalhar mais, sem estresse. E foi além. “Em poucos meses me dediquei a viagens e reuniões de desenvolvimento de negócios. E assumi um papel de liderança”, comemora.

Ter a liberdade adquirida com a presença da babá a fez pensar que os homens seguem tendo vantagens no mercado de trabalho simplesmente porque têm mais tempo para focar a carreira, sem distrações ou divisão de tarefas. “Claro, isso não se aplica a todos os homens, mas acho que essa é a realidade de muitos deles.” É a realidade também de mulheres no Brasil, onde o abismo social torna mais acessível a contratação de outras mulheres para esse tipo de trabalho.

Mas justamente quando sua trajetória ascendente parecia irrefreável, a babá decidiu retomar a faculdade. “Sem ela, voltou a sensação familiar e esmagadora de inviabilidade. Meu ímpeto diminuiu. Eu quero minha esposa de volta.”

Compartilhar:

Artigos relacionados

Mercado de RevOps desponta e se destaca com crescimento acima da média 

O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Uso de PDI tem sido negligenciado nas companhias

Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Regulamentação da IA: Como empresas podem conciliar responsabilidades éticas e inovação? 

A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Governança estratégica: a gestão de riscos psicossociais integrada à performance corporativa

A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Liderança, Times e Cultura
Comunicação com empatia, gestão emocional e de conflitos e liderança regenerativa estão entre as 10 principais habilidades para o profissional do futuro.

Flávia Lippi

4 min de leitura
Gestão de Pessoas, Liderança, Times e Cultura
É preciso eliminar a distância entre o que os colaboradores querem e o que vivenciam na empresa.

Ana Flavia Martins

4 min de leitura
Estratégia e Execução, Carreira
Solicitar crédito sempre parece uma jornada difícil e, por isso, muitos ficam longe e acabam perdendo oportunidades de financiar seus negócios. Porém, há outros tipos de programas que podemos alçar a fim de conseguir essa ajuda e incentivo capital para o nosso negócio.
3 min de leitura
Liderança, Times e Cultura
Conheça os 6 princípios da Liderança Ágil que você precisa manter a atenção para garantir que as estratégias continuem condizentes com o propósito de sua organização.
3 min de leitura
Uncategorized
Há alguns anos, o modelo de capitalismo praticado no Brasil era saudado como um novo e promissor caminho para o mundo. Com os recentes desdobramentos e a mudança de cenário para a economia mundial, amplia-se a percepção de que o modelo precisa de ajustes que maximizem seus aspectos positivos e minimizem seus riscos

Sérgio Lazzarini

Gestão de Pessoas
Os resultados só chegam a partir das interações e das produções realizadas por pessoas. A estreia da coluna de Karen Monterlei, CEO da Humanecer, chega com provocações intergeracionais e perspectivas tomadas como normais.

Karen Monterlei

Liderança, times e cultura, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Entenda como utilizar a metodologia DISC em quatro pontos e cuidados que você deve tomar no uso deste assessment tão popular nos dias de hoje.

Valéria Pimenta

Inovação
Os Jogos Olímpicos de 2024 acabaram, mas aprendizados do esporte podem ser aplicados à inovação organizacional. Sonhar, planejar, priorizar e ter resiliência para transformar metas em realidade, são pontos que o colunista da HSM Management, Rafael Ferrari, nos traz para alcançar resultados de alto impacto.

Rafael Ferrari

6 min de leitura
Liderança, times e cultura, ESG
Conheça as 4 skills para reforçar sua liderança, a partir das reflexões de Fabiana Ramos, CEO da Pine PR.

Fabiana Ramos