Editorial
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Três lideranças em uma revista extraordinária

A edição 159 da HSM Management tem como tema principal três lideranças, não uma - liderança de si, liderança nas relações e liderança sistêmica

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O conceito de liderança integral do Ken Wilber é daqueles que vira a chave de qualquer líder. Não apenas porque destrói a ideia de que existe um modelo ideal de liderança, ou uma abordagem de tamanho único para desenvolvê-la (algo que eu sempre pressenti), mas por colocar pingos nos Is e Is nos pingos: não só liderança é um processo de criação coletiva como todos nós exercemos três lideranças, não uma – liderança de si, liderança nas relações e liderança sistêmica (de sistemas como a empresa e o mundo, no qual ela opera).

__HSM Management,__ que nasceu como uma formadora e atualizadora de líderes para as organizações brasileiras, traz essas ideias do “Einstein dos estudos da consciência” Wilber, porque nunca foram tão sob medida para o contexto como agora: exercer uma boa liderança de si, liderança nas relações e liderança sistêmica é a melhor resposta para enfrentarmos a complexidade destes tempos – simbolizada por uma maravilhosa capa caleidoscópica da designer Débora Bianchi. (E incluam-se em complexidade conceitos afins como instabilidade, ambiguidade, incertezas etc.)

Então, a edição de __HSM Management__ que você tem em mãos se organiza por essas três três lideranças, como se fossem três *Dossiês*, e cada parte contém desafios e soluções-chave que estamos enfrentando aí. Trata-se de uma leitura mais do que obrigatória – e deliciosa. Por exemplo, em liderança sistêmica o artigo de abertura, da nossa head de conteúdos Poliana Abreu, mostra um novo olhar sobre o desafio macro que vivemos e novas soluções, sintetizadas na palavra “convergência”. Trata-se de fazer convergir as demandas das tecnologias digitais com as das preocupações ESG (ambientais, sociais e de governança).

Outro exemplo, também no “dossiê” da liderança sistêmica, é o artigo sobre imaginação de coautoria do Martin Reeves, do BCG, que fala sobre como estruturalmente implementar o hábito de imaginar na sua empresa, e conversa com vários casos concretos de imaginação implementada no Brasil. Um terceiro caso é o artigo sobre correções de rumo que inclui um ótimo quadro sobre fazer perguntas. Como o grande Guimarães Rosa dizia, “vivendo se aprende, mas o que se aprende, mais, é a fazer outras maiores perguntas”. Esta revista acelera essa vivência, proporcionando um atalho.

Nem se estivesse em um ônibus, entre freadas e chacoalhadas, eu deixaria de ler estes artigos da Poli, do Martin ou das perguntas, se você quer saber. Ou outros tantos desta edição. (Não quero deixar de citar os ótimos conteúdos da seção “liderança de si” ou de “liderança dos relacionamentos”, então escolho citar a entrevista com o Luiz Meisler e o texto sobre gestão da prosperidade.)

Não é à toa que falo de ônibus. Quando era estudante, eu economizava dinheiro para comprar a mesma __HSM Management__ que os potenciais empregadores e melhores professores liam – e a consumia nas viagens entre casa e faculdade. Minha hipótese é que isso me daria acesso aos principais nomes, ideias e práticas da gestão, e eu a confirmei. A quem me pergunta – e mesmo quando não perguntam *(risos)* –, eu recomendo: não desperdice esse acesso __HSM Management__. Eu faria tudo outra vez no ônibus chacoalhante – só provavelmente lendo no celular, não a revista física –, e sigo fazendo nos meus intervalos onde quer que esteja, em casa, na academia, em salas de espera…

Artigo publicado na HSM Management nº 159.

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