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Como o protagonismo feminino pode agir em áreas tradicionalmente masculinas

Mais assíduas na internet e com poder de decisão de compra maior, elas são essenciais na digitalização de setores ainda pouco conectados e, em geral, liderados por homens

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As mulheres estão mais presentes que os homens na internet. Essa é uma das conclusões da pesquisa [Elas: Comportamentos e barreiras](https://www.linkedin.com/smart-links/AQHdhIDS5omSRQ/3cf2641e-fa6e-42b7-b7db-5422aaf355f1), divulgada no início de maio pela Nielsen, líder global em insights de audiência, dados e análises, em parceria com Opinion Box, empresa especializada em pesquisas de mercado online.
De acordo com o levantamento, 90% do público feminino consultado usa a internet diariamente. Entre os homens, a taxa é de 83%.

Num contexto em que sete em cada dez empresas atuam nas redes sociais, nos aplicativos ou na internet para impulsionar suas vendas, segundo dados da FGV, não podemos mais ignorar o poder de influência e protagonismo das mulheres. É um desafio ainda maior para setores pouco digitalizados e comumente liderados por homens, como o imobiliário.

Na última pesquisa elaborada pelo Instituto Mulheres do Imobiliário, em parceria com a maior plataforma multitarefa móvel da América Latina, PiniOn, identificamos que 35% dos contratos de financiamento já eram assinados pelas mulheres. Ao interpretar os dados sobre a conectividade do público feminino e o aumento da sua presença no acesso ao crédito, desenvolvi, em parceria com a fintech CrediAll Tech, a primeira linha de crédito imobiliário voltada exclusivamente para mulheres.

Além de taxas diferenciadas e serviços que facilitam o acesso ao crédito, o programa, que recebeu o nome de CrediAll Mulher, reverte parte dos ganhos da empresa à rede Mapa do Acolhimento, entidade que atua no combate à violência doméstica.

Outra frente potencial é a de eventos. Nos dias 29 e 30 de abril, o Instituto Mulheres do Imobiliário realizou o evento presencial Soma, com o objetivo de mostrar o setor “mais completo com as protagonistas”. Com mais de 30 palestrantes e uma audiência predominantemente feminina, os painéis destacaram como as principais executivas e influenciadoras do segmento transformam os dados em estratégias de negócios, ações de impacto e resultado de venda.

Esses casos práticos mostram a importância de interpretarmos os números do crescimento do protagonismo feminino e traduzi-los em ações, especialmente em setores em que elas se destacam, como a pesquisa da Nielsen apontou: música, notícias, séries e conteúdos relacionados à saúde e beleza. Além disso, em vestuário, alimentos e eletrônicos, as mulheres estão à frente dos homens na decisão de compra.

Pensar em soluções que atendam à demanda feminina é uma missão para as lideranças estratégicas que ainda enfrentam dificuldade em estabelecer e cumprir os percentuais mínimos de participação feminina nesses cargos. Resta saber se a mesa em que as decisões estratégicas e os desenhos de produtos de nicho para o público feminino acontecem é composta, também, por executivas.

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