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Líderes e seguidores

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Centauro, como sabemos, é aquela figura mitológica que é meio homem, meio cavalo. Gosta de guerrear, segundo algumas fontes, e é sábio e nobre, conforme outras. Esse ser híbrido e paradoxal é uma analogia perfeita para os assuntos desta HSM Management e para o momento que as empresas vivem:

**• Centauro é o futuro que precisamos construir, na visão de nosso entrevistado Al Gore, em que teremos de aprender a nos equilibrar entre a extrema tecnologia e a necessidade de preservar a natureza.**

**• É o governo competitivo, tema do Dossiê, que só será competitivo se incorporar a eficiência e a eficácia da gestão privada e também permitir o acesso igualitário da população aos serviços públicos.**

**• É o empreendedor, que, como explica Steve Blank, é um gestor formado em dez semanas de prática.**

**• É um veterano, com 60 e muitos anos de idade, que continua a trabalhar, porque gera valor para si e para a companhia que o emprega.**

Minha lista poderia continuar, mas a revista do novo líder deve prestar uma homenagem a Warren Bennis, o homem que pôs a liderança no mapa das empresas. Como escreveu a revista The Economist, se Peter Drucker inventou a gestão, Warren Bennis inventou a liderança no contexto dos negócios. O fato é que, quando ele começou a estudar o tema, nos anos 1950, tratava-se de algo secundário e, hoje, são os superastros do pensamento gerencial que se dedicam a isso. Warren simplesmente escreveu a bíblia da liderança, Becoming a Leader, de 1989, e outros 30 livros. Foi o pioneiro na distinção entre gestores e líderes, explicando que os primeiros fazem as coisas da maneira certa, enquanto os segundos fazem as coisas certas. 

Também vem de Warren o conceito de que líderes não nascem prontos; são talhados para liderar, incorporando a liderança como um ator incorpora um personagem. Proponente de um novo estilo de liderança que substituísse o “chicote”, combateu ferozmente os desproporcionais salários dos CEOs, seu “curtoprazismo”, a corrupção empresarial. Warren aconselhou grandes líderes políticos, do democrata John Kennedy ao republicano Ronald Reagan, e atuou como mentor de uma infinitude de empresários, entre eles Howard Schultz, da Starbucks. Usava poucas palavras, mas roubava as atenções e causava profundo impacto com elas. Agora, Warren deve estar ao lado de seu amigo Peter. Embora ele priorizasse os líderes e Peter, os seguidores, os dois, grandes humanistas, eram feitos da mesma matéria. Convivi muito com Peter, um pouco menos com Warren, mas este nos deu a honra de estar em nossa primeira ExpoManagement, em Buenos Aires.

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