![](https://revista-hsm-public.s3.amazonaws.com/uploads/d8f293fc-56f4-47a2-902d-79ef100f87f3.png)O baixo custo continua mandando. A varejista de moda sueca H&M, a rede britânica de supermercados Tesco, a Primark irlandesa e as norte-americanas Walmart e Gap agora produzem suas confecções na Etiópia. O Brasil vai encarar?
Não são só esses cinco players que revelam a tendência. Uma pesquisa com gerentes de com- pras de todo o mundo, realizada pela consultoria McKinsey, confirma que a poderosa China vem perdendo terreno nesse front e que o setor da moda está enxergando na África Oriental seus futuros expoentes de fornecimento.
Quarenta gestores mundiais de compras de vestuário entrevista- dos pela McKinsey, responsáveis por US$ 70 bilhões em compras do setor em 2014, traçaram os futuros destinos de compra de confecções. O ranking futuro continua a ser liderado por Bangladesh, Vietnã e Índia, todos eles países asiáticos, mas, em sétimo lugar, já aparece a Etiópia.
Isso é tido como um sinal de que as atenções se deslocam da Ásia para a África. Destaca-se também o fato de que, no ranking específico do continente africano, o Quênia vem logo atrás da Etiópia. O que os dois países oferecem?
•A Etiópia já produz grande quantidade de itens básicos, como camisetas e calças. Alemanha e EUA são os que mais compram.
• Os salários dos etíopes são os menores do mundo e os custos de autorização de trabalho para estrangeiros são mínimos.
• A Etiópia tem baixo custo de energia e alta oferta (hidrelétrica). A rede de telecom não é confiável, mas o governo investe nas redes dos polos industriais.
• A Etiópia também pode facilmente virar um grande produtor de algodão, a matéria-prima principal; só 7% das terras adequadas estão em uso, e o clima ajuda.
• MAS há baixa produtividade e ineficiência geral.
• As calças fabricadas no Quênia já são 58% de suas exportações para os EUA.
• O Quênia trabalha com pedidos mínimos menores do que os de outros países.
• O Quênia é um dos maiores beneficiados pelo Agoa, tratado que concede livre acesso ao mercado dos EUA a alguns países da África subsaariana.
• A capacidade das confecções quenianas cresceu muito nos últimos anos, graças aos investimentos da Ásia, e as Zonas de Processamento de Exportação aumentaram a eficiência.
• MAS o Quênia importa os tecidos, o que aumenta os prazos. E seus salários e custos de energia não são tão baixos.