O cenário do empreendedorismo no Brasil está em plena expansão. É o que mostram os dados do mais recente estudo Monitor Global de Empreendedorismo (GEM), realizado pelo Sebrae em parceria com a Anegepe. De acordo com o levantamento, o país registrou 90 milhões de empreendedores ou aspirantes a empreendedores em 2023 – desse total, 42 milhões são adultos entre 18 e 64 anos que já possuem um negócio ou deram os primeiros passos no último ano para abrir um. Outros 48 milhões desejam empreender nos próximos três anos. Abrir o próprio negócio ocupa o terceiro lugar entre os maiores desejos dos brasileiros, atrás apenas de “viajar pelo Brasil” e “comprar a casa própria”. Se o desejo de todas essas pessoas se tornasse realidade, seria possível dobrar, em um período de três a cinco anos, o número de empresários no país.
Para tornar o caminho do empreendedor menos árduo, se faz necessário colocar atenção em alguns pontos, como a identificação de oportunidades de atuação, a elaboração de um plano de negócios detalhado e a construção de uma marca forte, capaz de transmitir seus valores e diferenciais. Outra dica importante é nunca achar que o jogo está ganho – com um mercado dinâmico como o nosso, é fundamental que o empreendedor se mostre flexível frente às mudanças, invista em cursos de atualização e ações de networking.
Na advocacia, a escolha da área de atuação muitas vezes reflete a experiência profissional e as habilidades acumuladas ao longo dos anos. Escritórios tradicionais e consolidados podem parecer barreiras intransponíveis, mas dedicação, seriedade e uma cultura organizacional estruturada possibilitam crescimento sustentável, indo além das figuras dos sócios fundadores. Para isso, é vital criar um ambiente onde colaboradores estejam alinhados com propósitos claros e engajados na missão do escritório.
O investimento na construção de uma rede de networking e na excelência técnica também são pilares igualmente indispensáveis para abrir portas a novas oportunidades e fortalecer os resultados ao longo do tempo. Outro ponto crucial é a formação contínua, especialmente à medida que as demandas do mercado evoluem e surgem novas legislações e tecnologias.
A adoção de uma cultura orientada por dados em escritórios de advocacia está se consolidando como uma estratégia essencial para a modernização e eficiência operacional do setor. Em 2024, já era evidente que a análise de dados se tornava um diferencial competitivo, permitindo que os escritórios previssem resultados, otimizassem recursos e identificassem tendências jurídicas. O uso de ferramentas como jurimetria e Legal Analytics possibilita uma abordagem mais científica na tomada de decisões, onde dados concretos guiam a estratégia jurídica, reduzindo riscos e aumentando a eficácia nas negociações.
Uma das maiores lições para quem decide empreender na advocacia é entender que o mercado jurídico oferece inúmeras oportunidades a quem pensa fora da caixa e busca construir um legado. O sucesso, no entanto, não é imediato, ele exige paciência, resiliência e visão de longo prazo. Resultados consistentes são fruto de conexões construídas e riscos assumidos ao longo do tempo.
Para advogados que desejam abrir seu próprio escritório, o nosso maior conselho é: comecem. Aproveitem os recursos disponíveis e confiem no processo de evolução conforme o negócio se desenvolve. Resiliência, networking, excelência técnica, comunicação eficaz e visão estratégica são competências fundamentais nessa jornada. Empreender na advocacia é um processo contínuo de aprendizado e crescimento. Com dedicação, integridade e paixão pelo que se faz, é possível alcançar resultados e consolidar uma posição de destaque no mercado jurídico. O futuro reserva muitas oportunidades, e estar preparado para aproveitá-las é o verdadeiro segredo do sucesso.