Tecnologia e inovação

Assistente virtual, experiência real

Com a pandemia, a real capacidade de atendimento dos assistentes virtuais foi colocada à prova
CMO da IBM, atua no mercado de digital e marketing desde 1998, com passagens por empresas como Tecnisa, BRF e CI&T e Vivo. Em 2017, foi finalista na categoria marketing do prêmio Caboré e em 2019, considerado CMO do ano pelo prêmio IT Fórum. Marcelo também palestra em grandes eventos, é mentor de startups e tem paixão pelo universo acadêmico, ministrando aulas em diversos cursos e MBAs.

Compartilhar:

Pode ser difícil acompanhar tudo o que é publicado sobre tecnologias que, muitas vezes, soam futuristas, mesmo diante da hiperdigitalização em que vivemos. Contudo, é importante ressaltar que, embora pareçam “do futuro”, a maioria dessas tecnologias já está disponível hoje, é aplicada de diversas maneiras e faz parte sobre como interagimos, consumimos ou nos engajamos com marcas e serviços. Entre os tópicos mais quentes nesse tema estão os assistentes virtuais.

A pandemia trouxe mudanças para a sociedade, incluindo o relacionamento entre clientes e marcas, colocando à prova a real capacidade de atendimento dos assistentes virtuais. Afinal, com a impossibilidade de irem às lojas, bancos, mercados e shoppings, os [consumidores se voltaram ao atendimento digital](https://www.revistahsm.com.br/post/voce-ja-conversou-com-um-robo-hoje), pela internet ou por telefone. A passagem do atendimento físico para o virtual também trouxe impactos para a demanda dos clientes, expondo novas exigências em termos de disponibilidade e velocidade nesse contato.

Esses bots, como são conhecidos, podem ser bons na execução de tarefas básicas, como providenciar respostas a perguntas simples ou realizar pedidos de produtos. Entretanto, a questão central é: os assistentes virtuais podem ter um impacto nos negócios e [transformar *totalmente* a experiência do cliente](https://www.revistahsm.com.br/post/relacionamento-com-cliente-sem-tecnologia-nao-da)? Na minha visão, sim! E a resposta está nos números.

## Assistentes podem promover impacto nos negócios?

Entre fevereiro e maio de 2020, as interações com assistentes virtuais baseados no Watson Assistant, solução de inteligência artificial (IA) da IBM, dobraram na América Latina. Consumidores e clientes se adaptaram e perceberam valor na comodidade que o atendimento automatizado traz, com destaque para fatores como agilidade, praticidade e, principalmente, assertividade na resolução de problemas.

A [IA redefiniu a competitividade no mercado corporativo](https://www.revistahsm.com.br/post/como-nao-criar-uma-inteligencia-artificial-racista), e o que vi nos meus primeiros 45 dias à frente do time de marketing da IBM Brasil é: quem não souber aproveitar as capacidades da IA por meio de assistentes virtuais ficará para trás. Disponível na nuvem, a IA combina diferentes recursos para interagir com os consumidores por meio de linguagem natural.

Mas além disso, ela é capaz de levar insights para a gestão de conhecimento da empresa, fornece resultados reais de negócios e evolui o atendimento ao cliente a uma experiência completamente diferente. Ainda mais na era do imediatismo e da velocidade, cada pergunta respondida com rapidez pelo assistente virtual deixa o consumidor mais perto de realizar a sua compra.

## Aplicações de IA em curso (e que fazem diferença)

Este foi o caso da Magazine Luiza. Nos últimos três anos, a empresa evoluiu e fortaleceu o relacionamento com seus consumidores explorando as capacidades da solução Watson, da IBM. 

No primeiro semestre de 2020, a Lu, assistente virtual do Magalu, alcançou uma média de 1,4 milhão de atendimentos ao mês. Cerca de 60% dos consumidores pela Lu não seguem para o contato via SAC, [provando a efetividade e a satisfação nos atendimentos via IA](https://www.revistahsm.com.br/post/compras-40-como-transformar-digitalmente-o-setor-de-compras), que realiza as interações de forma empática, acompanhando os valores da empresa. 

Outro caso que merece atenção é o do Banco Original. Desde 2019, registrou um crescimento no suporte pelo assistente virtual de cerca de 600% e, nesse mesmo período, percebeu que a retenção subiu de 70% para 93%, mostrando a importância da IA para processar a informação de maneira inteligente e levar aos consumidores respostas rápidas, precisas e confiáveis. 

São crescentes os exemplos em diversas indústrias de como a utilização de IA combinada a outras tecnologias como computação em nuvem para gerenciar as demandas e o conhecimento da empresa, fornece resultados reais de negócios e ajuda a evoluir o atendimento ao cliente para uma experiência única. É certo dizer que nessa dinâmica de aproximação das marcas com os consumidores, os assistentes virtuais são peça-chave.

Confira mais artigos como esse no [Fórum Marketing Makers HSM Management](https://www.revistahsm.com.br/forum/marketing-makers-hsm-management).

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Finanças
Com soluções como PIX, contas 100% digitais e um ecossistema de open banking avançado, o país lidera na experiência do usuário e na facilidade de transações. Em contrapartida, os EUA se sobressaem em estratégias de fidelização e pagamentos crossborder, mas ainda enfrentam desafios na modernização de processos e interfaces.

Renan Basso

5 min de leitura
Empreendedorismo
Determinação, foco e ambição são três palavras centrais da empresa, que inova constantemente – é isso que devemos fazer em nossas carreiras e negócios

Bruno Padredi

3 min de leitura
Empreendedorismo
Em um ambiente onde o amanhã já parece ultrapassado, o evento celebra a disrupção e a inovação, conectando ideias transformadoras a um público global. Abraçar a mudança e aprender com ela se torna mais do que uma estratégia: é a única forma de prosperar no ritmo acelerado do mercado atual.

Helena Prado

3 min de leitura
Liderança
Este caso reflete a complexidade de equilibrar interesses pessoais e responsabilidades públicas, tema crucial tanto para líderes políticos quanto corporativos. Ações como essa podem influenciar percepções de confiança e coerência, destacando a importância da consistência entre valores e decisões. Líderes eficazes devem criar um legado baseado na transparência e em práticas que inspirem equipes e reforcem a credibilidade institucional.

Marcelo Nobrega

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
Hora de compreender como o viés cognitivo do efeito Dunning-Kruger influencia decisões estratégicas, gestão de talentos e a colaboração no ambiente corporativo.

Athila Machado

5 min de leitura
ESG
A estreia da coluna "Papo Diverso", este espaço que a Talento Incluir terá a partir de hoje na HSM Management, começa com um texto de sua CEO, Carolina Ignarra, neste dia 3/12, em que se trata do "Dia da Pessoa com Deficiência", um marco necessário para continuarmos o enfrentamento das barreiras do capacitismo, que ainda existe cotidianamente em nossa sociedade.

Carolina Ignarra

5 min de leitura
Empreendedorismo
Saiba como transformar escassez em criatividade, ativar o potencial das pessoas e liderar mudanças com agilidade e desapego com 5 hacks práticos que ajudam empresas a inovar e crescer mesmo em tempos de incerteza.

Alexandre Waclawovsky

4 min de leitura
ESG
Para 70% das empresas brasileiras, o maior desafio na comunicação interna é engajar gestores a serem comunicadores dentro das equipes

Nayara Campos

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
A liderança C-Level como pilar estratégico: a importância do desenvolvimento contínuo para o sucesso organizacional e a evolução da empresa.

Valéria Pimenta

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
Um convite para refletir sobre como empresas e líderes podem se adaptar à nova mentalidade da Geração Z, que valoriza propósito, flexibilidade e experiências diversificadas em detrimento de planos de carreira tradicionais, e como isso impacta a cultura corporativa e a gestão do talento.

Valeria Oliveira

6 min de leitura