Uncategorized

Bandeira vermelha para seu programa de analytics

Confira os dez sinais de que suas ações de análise de dados correm o risco de fracassar e reaja | ESTUDO MCKINSEY

Compartilhar:

As empresas de maior porte vêm fazendo investimentos vultosos em programas de análise de dados. No entanto, estudos da consultoria McKinsey mostram que a frustração com o valor gerado por essas iniciativas tem sido igualmente vultosa. A McKinsey identificou dez sinais de alerta de que um programa de análise de dados corre o risco de fracassar e avisa: reagir rápido a esses alertas aumenta significativamente a possibilidade de sucesso no prazo de dois a três anos: 

**1- A direção da empresa não conhece os programas avançados de análise de dados.** 

Muitos gestores não possuem uma compreensão sólida sobre as diferenças entre a análise de dados tradicional – ou seja, inteligência de negócios e geração de relatórios – e iniciativas avançadas, com ferramentas poderosas de previsão de tendências, com base em machine learning. 

**Resposta imediata >>** Realizar uma série de workshops com os líderes sobre os princípios fundamentais da análise de dados avançada, esclarecendo visões equivocadas.

**2- Não se determinou o valor que a iniciativa deveria gerar no primeiro ano.** 

Frequentemente, o entusiasmo leva à implementação apressada das ferramentas de analytics, na expectativa de que possam beneficiar todas as atividades da empresa. Isso leva a desperdícios, retornos lentos e desconfiança de que a iniciativa possa gerar valor. 

**Resposta imediata >>** Logo de início, é preciso definir de três a cinco áreas em que o processamento de dados avançado poderá gerar o maior valor possível e mais rapidamente – no primeiro ano. 

**3- Não há uma estratégia que vá além de algumas áreas e funcionalidades.** 

É comum ver executivos animados com o analytics avançado e com o potencial de retorno em determinadas áreas e funcionalidades da empresa, mas sem uma estratégia de geração de valor que vá além dessas áreas específicas. 

**Resposta imediata >>** Há três perguntas que devem ser respondidas: • Que ameaças as novas tecnologias, como a inteligência artificial, representam para a empresa? • Que oportunidades essas tecnologias trazem para os negócios? • Como a empresa pode utilizar dados e análises para criar novas oportunidades? 

**4- O papel dos analistas de dados, no presente e no futuro, está mal definido.**

Poucos executivos conseguem descrever em detalhe com que talentos a empresa conta no campo da análise de dados e muito menos onde esses talentos se encontram, como estão organizados e se possuem competências e cargos adequados. 

**Resposta imediata >>** A melhor forma de abordar a questão dos talentos nessa área é pensar em uma tapeçaria com conjuntos de capacidade e papéis. Cada parte dessa tapeçaria deve ter sua própria definição, desde uma descrição de cargo detalhada até as interações organizacionais correspondentes. 

**5- Faltam “analistas tradutores”.** 

São profissionais que podem ajudar as lideranças a identificar situações de alto impacto para uso da análise de dados e, então, traduzir as necessidades do negócio para os especialistas, a fim de que estes encontrem as melhores soluções. 

**Resposta imediata >>** Contratar ou treinar profissionais para esse papel. O candidato ideal, internamente, deve conhecer muito bem a empresa e possuir formação que possibilite o diálogo com os especialistas em análise de dados. 

**6- A análise de dados está isolada dos negócios.** 

Empresas que ainda lidam para criar valor por meio da análise de dados tendem a isolar essa atividade, ou por meio da centralização excessiva ou em silos distantes e mal coordenados.

**Resposta imediata >>** O melhor modelo organizacional é híbrido: mantendo algumas funções e decisões centralizadas e fazendo com que as equipes de análise de dados estejam envolvidas com o negócio e sejam responsáveis por entregar ações de impacto. 

**7- A “limpeza dos dados” já começou e vai custar caro.** 

Há uma tendência entre as empresas de achar que todos os dados disponíveis na organização devem estar totalmente “limpos”, ou seja, atualizados e validados, por exemplo, antes que o trabalho de análise possa começar de forma séria. Não é bem assim. 

**Resposta imediata >>** A ideia é priorizar a limpeza dos dados que abastecem as áreas e funcionalidades mais valiosas, com base na linha de negócios da empresa. 

**8- Novas plataformas não foram construídas segundo um propósito.** 

Um erro comum é construir novas plataformas de dados antes de descobrir a melhor forma de introduzir os dados e estruturar o sistema. É fundamental entender, por exemplo, que deve ser segmentado para atender diferentes tipos de situação. Em mais da metade dos casos, as plataformas não se encaixam em um propósito. 

**Resposta imediata >>** Na prática, uma nova plataforma de dados pode coexistir com sistemas legados de TI. Novos dados, de múltiplas fontes, podem ser incorporados à nova plataforma, e realizadas as análises desejadas, enquanto os sistemas legados continuam a atender as necessidades transacionais. 

**9- Ninguém sabe qual será o impacto da análise avançada nos resultados.** 

É surpreendente quantas empresas estão gastando milhões de dólares em análise de dados avançada, e outros investimentos digitais, mas não são capazes de estimar o impacto desses gastos nos resultados. 

**Resposta imediata >>** Os líderes, juntamente com os “tradutores”, devem ser os primeiros a responder esta questão. Devem identificar funcionalidades e áreas com potencial para gerar valor com a análise de dados. E se comprometer a mensurar o impacto financeiro. 

**10- Não há ninguém focado em identificar potenciais implicações éticas, sociais e regulatórias das iniciativas de análise de dados.** 

É importante ser capaz de antecipar como as áreas utilizarão as informações digitalizadas e compreender se há riscos do ponto de vista ético e dos requisitos regulatórios. 

**Resposta imediata >>** Como parte de um programa mais amplo de gestão de riscos, é preciso fazer um trabalho em parceria com as áreas jurídicas e de compliance, com a participação dos “tradutores”.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

ESG
Investimentos significativos em tecnologia, infraestrutura e políticas governamentais favoráveis podem tornar o país líder global do setor de combustíveis sustentáveis

Deloitte

Estratégia, Liderança, times e cultura, Cultura organizacional
À medida que o mercado de benefícios corporativos cresce as empresas que investem em benefícios personalizados e flexíveis não apenas aumentam a satisfação e a produtividade dos colaboradores, mas também se destacam no mercado ao reduzir a rotatividade e atrair talentos.

Rodrigo Caiado

Empreendedorismo, Liderança
Entendimento e valorização das características existentes no sistema, ou affordances, podem acelerar a inovação e otimizar processos, demonstrando a importância de respeitar e utilizar os recursos e capacidades já presentes no ambiente para promover mudanças eficazes.

Manoel Pimentel

ESG, Liderança, times e cultura, Liderança
Conheça e entenda como transformar o etarismo em uma oportunidade de negócio com Marcelo Murilo, VP de inovação e tecnologia da Benner e conselheiro do Instituto Capitalismo Consciente.

Marcelo Murilo

ESG
Com as eleições municipais se aproximando, é crucial identificar candidatas comprometidas com a defesa dos direitos das mulheres, garantindo maior representatividade e equidade nos espaços de poder.

Ana Fontes

ESG, Empreendedorismo
Estar na linha de frente da luta por formações e pelo desenvolvimento de oportunidades de emprego e educação é uma das frentes que Rachel Maia lida em seu dia-dia e neste texto a Presidente do Pacto Global da ONU Brasil traz um panorama sobre estes aspectos atuais.

Rachel Maia

Conteúdo de marca, Marketing e vendas, Marketing Business Driven, Liderança, times e cultura, Liderança
Excluído o fator remuneração, o que faz pessoas de diferentes gerações saírem dos seus empregos?

Bruna Gomes Mascarenhas

Blockchain
07 de agosto
Em sua estreia como colunista da HSM Management, Carolina Ferrés, fundadora da Blue City e partner na POK, traz atenção para a necessidade crescente de validar a autenticidade de informações e certificações, pois tecnologias como blockchain e NFTs, estão revolucionando a educação e diversos setores.
6 min de leitura
Transformação Digital, ESG
A gestão algorítmica está transformando o mundo do trabalho com o uso de algoritmos para monitorar e tomar decisões, mas levanta preocupações sobre desumanização e equidade, especialmente para as mulheres. A implementação ética e supervisão humana são essenciais para garantir justiça e dignidade no ambiente de trabalho.

Carine Roos

Gestão de Pessoas
Explorando a comunicação como uma habilidade crucial para líderes e gestores de produtos, destacando sua importância em processos e resultados.

Italo Nogueira De Moro