Direto ao ponto

Centauros são os novos unicórnios

VC afirma que agora quer realismo – receita recorrente anual de US$ 100 mi

Compartilhar:

Todos os investidores perseguem potenciais unicórnios da tecnologia, startups que possam valer US$ 1 bilhão ou mais. Todos menos a firma de investimentos global Bessemer Venture Partners (BVP). Ela está de olho é nos “centauros” – empresas que atingem US$ 100 milhões de receita recorrente anual (ARR, na sigla em inglês).

Adam Fisher, sócio dos escritórios da BVP em Tel Aviv, disse ao Times of Israel que o centauro, embora também mítico, é muito mais realista com sua metade humana. Em um estágio em que uma empresa tem US$ 100 milhões em ARR, explica Fisher, “já houve o ajuste do produto ao mercado (market fit), e dificilmente vai falir de uma hora para outra, porque ela é financiável”. Além disso, “valuations não são boas para as jovens empresas”, na opinião do investidor.

“Dão uma falsa sensação de sucesso quando algumas ainda não atingiram nenhum marco”, diz. Para piorar, unicórnios nem são mais uma raridade. Em 2013, quando o termo foi criado, havia uma dúzia deles. Hoje, de acordo com o CB Insights, o rebanho global é de 1.068 (dado de março de 2022).

“As conversas que temos sobre o sucesso devem mudar para algo mais substancial”, prevê Fisher, com outros investidores deixando de lado as avaliações subjetivas – e correndo menos riscos. “Centauros também podem ser já grandes empregadores, com um mínimo de 300 pessoas, enquanto unicórnios podem ter 30.” No fechamento desta revista, a BVP tinha identificado 150 centauros no mundo, em cloud computing.

__Leia mais: [Computação quântica chegará antes do esperado](https://www.revistahsm.com.br/post/computacao-quantica-chegara-antes-do-esperado)__

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura
ESG
Um ano depois e a chuva escancara desigualdades e nossa relação com o futuro

Anna Luísa Beserra

6 min de leitura
Empreendedorismo
Liderar na era digital: como a ousadia, a IA e a visão além do status quo estão redefinindo o sucesso empresarial

Bruno Padredi

5 min de leitura
Liderança
Conheça os 4 pilares de uma gestão eficaz propostos pelo Vice-Presidente da BossaBox

João Zanocelo

6 min de leitura