O caminho do Brasil como uma grande nação é **investir em educação** e a tecnologia é uma aliada imprescindível para o país ganhar escala. A própria UNESCO endossa, ao destacar entre seus princípios, o grande potencial das tecnologias na ampliação do acesso a oportunidades de aprendizagem e promoção da equidade e inclusão. **É a tecnologia que vai ajudar o Brasil a melhorar seu nível educacional e, consequentemente, a produtividade e competitividade.**
Coreia do Sul, Japão e Singapura estão no topo da lista das nações que possuem o melhor equilíbrio entre gastos públicos e bons resultados educacionais. Entre as estratégias para a competência em educação desses países está a integração de tecnologias. São exemplos nos quais devemos nos inspirar.
Hoje, todas as grandes instituições de ensino brasileiras já aderiram à educação à distância. A expectativa é que, no máximo em dois anos, existam mais alunos fazendo graduação à distância do que presencialmente. Só no ano passado, o número de estudantes cresceu 20% em todas as suas modalidades, para 9,4 milhões de pessoas. Os dados são do mais recente Censo [EAD.BR](http://ead.br/), da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED).
Essa transformação ocorre não apenas no ensino formal, mas também na educação corporativa, com o uso de plataformas tecnológicas para treinamento. As pessoas que quiserem se posicionar melhor profissionalmente terão que se atualizar constantemente. Da mesma forma, as empresas que buscam maior competitividade terão de investir em tecnologias para a capacitação de seus times.
Já existem inúmeras tecnologias que permitem fazer treinamentos em grande escala e com alto potencial de engajamento dos colaboradores. Os resultados podem ser melhores que os presenciais. Realidade virtual e aumentada, inteligência artificial, games, _gamification_, vídeos e _microlearning_ são ferramentas já difundidas na educação corporativa, por meio de soluções criadas pela _EdTech – Education Technology_, nome dado ao desenvolvimento e uso da tecnologia para potencializar a aprendizagem.
No ensino formal, a educação à distância ainda é bastante calcada em teleaulas. Mas o uso intensivo dessas soluções é só uma questão de tempo. O grande desafio é realizar a transição entre o modelo educacional tradicional, com a aprendizagem centrada em instituições, universidades, escolas e professores, para um modelo centrado no aluno – o usuário final da experiência da aprendizagem.
Nessa nova forma de ensinar, a tecnologia precisa estar a serviço da educação, respeitando seus princípios e criando um processo educacional mais atrativo e efetivo. Menos desktop, mais aplicativos móveis. Menos cursos longos e pesados, mais microcursos. Menos escrita e leitura, mais atividades interativas. **Menos treinamento formal, mais aprendizagem social e informal**. Essas são as tendências.
É um investimento para sempre e com retorno garantido. A educação não é um produto perecível que deixará de existir. O meio de ensinar pode mudar conforme a tecnologia avança, mas a educação sempre será essencial para o indivíduo, para as empresas e para as nações.