Tenho pensado sobre os ciclos que atravessam a nossa existência com eventos encadeados, que se repetem como os elos de uma corrente.
Existem ciclos com início e fim precisos, como os dias, os meses e os anos, indispensáveis para a organização do nosso tempo. Outros são finitos e duram o tempo de uma vida, como a respiração e outros ciclos biológicos.
Alguns, como as estações do ano, são infinitos e belos, mas apenas podemos observá-los e aprender com eles enquanto vivemos.
Tem também os mais subjetivos e pessoais, como os ciclos de uma relação, um trabalho ou um tempo de moradia em algum lugar.
Ciclos têm movimento, ritmo, e relacionam-se com o tempo. Estão em constante renovação, iniciando e fechando o tempo todo.
Um ciclo permanece aberto enquanto a energia que o define estiver presente. Quando essa energia acaba, o ciclo finaliza e um novo ciclo se abre em seu lugar.
Muitas vezes não notamos os movimentos de renovação dos ciclos, todavia, eles sempre dão sinais claros quando iniciam ou se encerram.
Algumas vezes não queremos que um ciclo se feche, então continuamos a agir como se ele ainda estivesse aberto. Mas é sempre mais sensato desapegar e deixar ir para que o ciclo possa ser fechado e outro possa ser aberto em seu lugar.
Existe sabedoria em fluir entre os ciclos, até porque eles geralmente não se fecham abruptamente. O novo e o velho coexistem pelo tempo de intersecção dos elos da corrente, mas o novo ganhará força enquanto o velho aos poucos se dissolverá.
Estamos assistindo a sinais de fechamento de um grande ciclo no nosso planeta. Talvez estejamos tendo o privilégio de assistir à transição entre duas eras.
A arte está em observar, sentir e se alinhar com o movimento.