fb-embed

Gestão de pessoas

3 min de leitura

Como desenvolver a empatia no ambiente de trabalho

Habilidades comunicacionais cada vez mais serão necessárias para que consigamos lidar com os processos cotidianos do futuro. Por isso, é hora de continuar o aprendizado contínuo e focar na maneira que estamos lidando com os nossos vínculos.

Daniela Cais Chieppe

14 de Maio

Compartilhar:
Artigo Como desenvolver a empatia no ambiente de trabalho

Toda vez que um conceito é repetidamente mencionado, corre-se o risco de que seu significado fique retido num emaranhado de definições que confundem sua apreensão. Portanto, o objetivo desse artigo é trazer luz à discussão sobre a importância da empatia para o desenvolvimento profissional.

Originalmente, empatia é a capacidade de considerar e compreender a perspectiva de outra pessoa diante de situações e contextos.

A demonstração de empatia pressupõe a necessidade de validar algo que não vivenciamos, incluindo sentimentos e reações do outro como legítimos. Talvez, mais importante que reconhecer a empatia como traço de caráter, seja percebê-la como uma habilidade a ser aprendida e que faz parte da competência comunicativa.

Para melhor explorar esse tema, proponho imaginar uma trilha que transforma as ações no ambiente de trabalho e ajuda a construir a estrutura empática dos relacionamentos.

1. O primeiro passo é buscar abordar desafios por uma perspectiva diferente

Imagine um problema ou situação visto pela perspectiva do membro da sua equipe. Mesmo que chegue a uma conclusão diferente da dele, poderá compreender melhor o seu processo de pensamento. Independente de concordar, exercite o diferenciar.

2. Faça perguntas para entender

Pergunte quais experiências levaram a uma conclusão específica. Considere os fatores que fizeram com que a pessoa se sentisse como refere. Por exemplo, se estiver conversando com um comprador que está insatisfeito com um produto, você pode perguntar sobre suas expectativas em relação ao produto e as especificidades de sua experiência. Insista em perguntas até que você compreenda, pois, a empatia vem com uma compreensão mais profunda do que aconteceu.

3. Valide o sentimento do outro

Em suas interações, repita as preocupações e as observações da pessoa com quem você está lidando para que ela saiba que você entende. Reconhecendo o que o outro sente, verbalmente, se estabelece uma conexão em acolhimento.

4. O próximo passo é eleger uma linha de resolução

A partir da escuta se identifica o motivo ou o objetivo dos argumentos do outro e, sempre que possível, este entendimento faz a empatia se evidenciar na interação. O outro se sente visto quando sua perspectiva é reconhecida.

5. Ofertar ajuda

É muito importante observar o ambiente de trabalho e, com sensibilidade, disponibilizar ajuda a quem precisa. Isto pode se relacionar com as tarefas do trabalho, projetos e novas disposições profissionais, como pode ser a percepção de que algo está acontecendo e interferindo no trabalho – uma perda, uma dificuldade, um conflito externo. A simples possibilidade de acolhimento é um movimento facilitador das relações que pode fazer a diferença.

6. Desafie seus preconceitos

Por fim, olhar para dentro é o maior desafio, pois temos facilidade em acolher as semelhanças e muita dificuldade em aceitar as diferenças, tornando ainda mais importante ouvir, observar e dialogar com pessoas que têm experiências diferentes. É necessário honestidade na análise íntima dos nossos vieses inconscientes.

Com isso, fica claro enxergar a empatia como habilidade desejável pelos empregadores, afinal, ela contribui para maiores e melhores conexões entre profissionais, transformando as interações em experiências positivas e propositivas. Isto é, times mais coesos, composições mais inteligentes e propostas mais fluentes, revertidas em resultados tangíveis e intangíveis – faturamento e engajamento, por exemplo.

Vale reforçar que sempre que falamos em empatia estamos falando de uma habilidade que se manifesta por meio dos nossos relacionamentos, ou seja, está sob o guarda-chuva da comunicação.

Compartilhar:

Autoria

Daniela Cais Chieppe

Daniela Cais Chieppe é mestre em fonoaudiologia, com ênfase em comunicação profissional pela PUC-SP, é fundadora da Consultoria Daniela Cais Comunicação Interpessoal. Embaixadora no Brasil do Google Development Group (GDG), mentora do Programa StartupSP do Sebrae-SP/Campinas, mentora da Rede Mulher Empreendedora, palestrante Power Speaker, credenciada à plataforma MeetHub, conselheira da Comunidade Open Innovation Brasil, professora do MBI (Master Business Innovation ) – UFSCar, uma das criadoras do curso de extensão Habilidades do Futuro, facilitadora de treinamentos corporativos na IE Business School - Madrid.

Artigos relacionados

Imagem de capa Uma reflexão sobre o chamado “Networking”

Gestão de pessoas

22 Julho | 2024

Uma reflexão sobre o chamado “Networking”

Como podemos entender e praticar o verdadeiro networking para nos beneficiar!

Galo Lopez

2 min de leitura

Imagem de capa SHIFT: Um novo modelo de gestão para liderar na complexidade

Gestão de pessoas

17 Julho | 2024

SHIFT: Um novo modelo de gestão para liderar na complexidade

Conheça o framework SHIFT pela consultora da HSM, Carol Olinda.

Carol Olinda

4 min de leitura

Imagem de capa Inteligência Artificial e Gestão de Pessoas: como incorporar essa realidade nas empresas sem desumanizá-la?

Gestão de pessoas

10 Julho | 2024

Inteligência Artificial e Gestão de Pessoas: como incorporar essa realidade nas empresas sem desumanizá-la?

A IA está revolucionando o setor de pessoas e cultura, oferecendo soluções que melhoram e fortalecem a interação humana no ambiente de trabalho.

Fernando Ferreira

6 min de leitura