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Diversidade
26 Junho | 2024
"Não permita que te prendam nem se aprisione no mundo da anormalidade", destaca Advisor da CAF em entrevista com Djalma Scartezini, colunista da HSM Management
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Gestão de pessoas
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Gerir eficazmente essas diferenças é crucial para evitar conflitos e fomentar um ambiente de trabalho dinâmico e inovador. Aproveitar as forças únicas de cada geração é a chave para o sucesso e sustentabilidade no mercado competitivo. Sua equipe está explorando todo esse potencial?
Juliana Dorigo
25 de Junho
No ambiente corporativo atual, diferentes gerações convivem diariamente, trazendo consigo uma variedade de valores, expectativas e estilos de trabalho. Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z apresentam características distintas que, quando bem gerenciadas, podem enriquecer as organizações de maneira significativa.
Segundo revela um estudo das consultorias ASTD Workforce Development e VitalSmarts, um em cada três entrevistados afirmou que a empresa gasta 5 horas ou mais, por semana, gerenciando conflitos entre as gerações, resultando em uma perda de 12% na produtividade.
Olhando para esses dados, fica evidente a importância de o gestor entender a particularidade de cada geração, a fim de resolver, da melhor maneira possível, os conflitos.
Os Baby Boomers (1946-1964) cresceram em um período de prosperidade econômica e têm uma forte ética de trabalho. Valorizam a estabilidade e a lealdade à empresa, preferindo estruturas hierárquicas bem definidas. Por exemplo, em uma grande corporação, um diretor de RH dessa geração pode focar em programas de reconhecimento de longo prazo e benefícios robustos de aposentadoria, refletindo seu apreço pela estabilidade e lealdade.
Já a geração X (1965-1980) é conhecida por sua independência e busca pelo equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Testemunharam o surgimento da tecnologia moderna e a globalização, tornando-se adaptáveis e pragmáticos. Um gerente de projetos dessa geração pode adotar políticas de trabalho remoto e usar softwares de gestão de tarefas para garantir eficiência, equilibrando produtividade e qualidade de vida. Em uma empresa de tecnologia, é comum ver profissionais da Geração X utilizando ferramentas como o Slack e o Trello para facilitar a comunicação e gestão de projetos de forma mais flexível.Se funciona muito bem para eles, por qual motivo a empresa descartaria essa prática?
Dessa maneira, eles conseguem trabalhar melhor e de uma maneira mais confortável. E Isso não traz nenhum prejuízo para a companhia.
Agora, quando falamos dos Millennials (1981-1996), a geração digital, crescidos com a internet, valorizando a flexibilidade e a inovação, precisamos compreender que eles preferem ambientes colaborativos e buscam propósito e reconhecimento imediato em suas carreiras.
Em uma equipe de marketing, essa geração pode priorizar o uso de mídias sociais e estratégias de marketing digital, além de promover iniciativas que reflitam valores sociais e sustentabilidade. Por exemplo, uma empresa de moda sustentável pode contar com Millennials liderando campanhas que utilizam Instagram e TikTok para engajar um público consciente e ativo nas redes sociais. Essa geração sabem muito bem se destacar nesse aspecto.
A Geração Z (1997-2012) é a mais nova no mercado de trabalho, altamente conectada e tecnológica. Valorizam a diversidade, inclusão e esperam feedback constante. Cresceram durante crises econômicas, o que lhes conferiu uma visão pragmática do mercado de trabalho.
Em uma startup de tecnologia, um desenvolvedor dessa geração pode sugerir o uso de metodologias ágeis e ferramentas de comunicação instantânea para promover a colaboração em tempo real e a rápida adaptação às mudanças. Um exemplo é o uso de plataformas como Discord para facilitar a comunicação rápida e eficiente entre membros de uma equipe distribuída geograficamente.
A coexistência dessas gerações dentro das companhias gera conflitos. Baby Boomers e Geração X podem ver Millennials e Geração Z como impacientes e com falta de compromisso, enquanto estes últimos podem considerar os mais velhos como resistentes à mudança e excessivamente formais.
Por exemplo, em uma empresa de consultoria, pode haver tensões entre um executivo Baby Boomer, que prefere reuniões presenciais, e um jovem analista Millennial, que defende o uso de videoconferências para ganhar tempo e flexibilidade.
Presenciamos momentos de tensão como esses, principalmente, durante o período de pós-pandemia, em que muitos jovens não viam motivos para voltar aos escritórios, enquanto os mais velhos, preferiam adotar o presencial o quanto antes.
Apesar dos desafios, a diversidade geracional também é uma fonte de inovação e resiliência. De acordo com estudo realizado pelo Great Place to Work (GPTW) indica que, a união de diferentes gerações pode gerar uma vantagem competitiva para as empresas. Cada geração traz perspectivas únicas que, quando combinadas, podem enriquecer a cultura organizacional e impulsionar a empresa a novos patamares.
Em um projeto de desenvolvimento de um novo produto, a experiência estratégica dos Baby Boomers, a abordagem pragmática da Geração X, a criatividade digital dos Millennials e a fluência tecnológica da Geração Z podem se complementar, resultando em soluções inovadoras e abrangentes.
Por exemplo, uma empresa de desenvolvimento de software pode integrar a experiência dos Baby Boomers na gestão de projetos de longo prazo, a eficiência da Geração X na implementação de políticas de trabalho remoto, a inovação dos Millennials em marketing digital, e a fluência tecnológica da Geração Z para adotar novas ferramentas e metodologias de desenvolvimento.
Empresas que conseguem harmonizar essas diversidades não apenas evitam conflitos, mas também potencializam um ambiente de trabalho dinâmico e inovador. Aproveitar as forças de cada geração pode ser a chave para o sucesso e a sustentabilidade no mercado competitivo atual.
Você tem aproveitado todo o potencial da sua equipe?
Diretora de Recursos Humanos e administrativo da Paschoalotto
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