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Marketing e vendas

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Pop-up stores e a relação entre marca e consumidor

A abertura da loja física temporária da Shein em São Paulo deu o que falar no final de 2022

Deza Abdanur

09 de Fevereiro

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Artigo Pop-up stores e a relação entre marca e consumidor

Pop-ups stores são lojas temporárias que atuam em espaços específicos e estão ganhando popularidade no varejo brasileiro. Em novembro, a Shein, marca chinesa famosa por vender roupas e acessórios a preços acessíveis, lançou uma pop-up em São Paulo, depois de ter passado pelo Rio de Janeiro, em março. Pelo sucesso da loja, muitas pessoas foram visitar o espaço físico, o que gerou filas quilométricas, brigas e confusões.

Algumas reportagens noticiaram que a experiência empolgou menos que o aplicativo. Poucas peças, poucos tamanhos e pouco espaço foram as maiores reclamações dos consumidores, sem contar o tempo de espera para entrar. Mas, se bem criadas e planejadas, podem gerar buzz e volume de vendas. Na maioria dos casos, podem ser ótimas opções para atrair aqueles potenciais consumidores que ainda não conhecem a marca e os produtos, como também para aquelas pessoas que não se sentem seguras com compras online. Elas também proporcionam um novo momento entre marca e consumidor, aproximando a relação e gerando negócios.

Normalmente, as pop-ups funcionam como boas estratégias para que as marcas testem a receptividade com o público e possam planejar futuras ações de mercado. Tal como a Louis Vuitton, em 2017, que inaugurou uma unidade temporária em Goiânia com elementos e cores da cultura popular brasileira. A pop-up funcionou por alguns meses e fez tanto sucesso que a empresa decidiu abrir uma loja fixa na cidade, onde atua até hoje e é sensação na região. O modelo de funcionamento ajudou a marca a entender se havia demanda naquele local e se havia fit com o público. Quando entenderam que sim, foram assertivos na abertura da nova loja permanente.

E onde o design cenográfico entra quando falamos de pop-up store? A cenografia para tipo de loja é um dos maiores pontos a serem levados em consideração na construção da loja. É o momento de transformar o conceito da marca em um espaço físico que combine com aquela região e com o público que deseja atingir. A loja temporária da Shein, por exemplo, foi pensada com cenários instagramáveis e em incentivo da compra no app. Possivelmente a superlotação tenha interferido no aproveitamento do ambiente por parte dos visitantes, mas foi possível encontrar pelas redes sociais postagens de clientes que foram até o local e fizeram posts nas redes sociais mostrando que estavam na loja, e cenários para isso não faltaram.

O espaço físico impacta na relação com o consumidor, ele pode ser muito mais impressionante, pois desperta o interesse das pessoas de longe com seu aspecto visual e ainda pode proporcionar um momento de bem-estar, em que a pessoa sente na pele todos os valores e sensações que a marca deseja transmitir. A cenografia do ambiente físico, com ajuda da arquitetura e do design, conseguem formar uma imagem positiva muito mais forte e memorável, capaz de fortalecer os laços com o público-alvo.

A proposta é que sejam abertas novas lojas físicas pop-up com vendas no Brasil no próximo ano. A Shein já revelou que gosta de testar todos os cenários, e o modelo de lojas temporárias é ideal para essa estratégia. A recente abertura mostrou os pontos a serem melhorados e ainda deixa a lição de como é poderosa a experiência física, tanto para a marca, como para o consumidor final.

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Autoria

Deza Abdanur

Deza Abdanur é sócia-fundadora do Studio Panda e sócia da Guilt.

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