ESG
0 min de leitura

Resiliência: a arte de transformar dores em crescimento pessoal

A resiliência vai além de suportar desafios; trata-se de atravessá-los com autenticidade, transformando adversidades em aprendizado e cultivando uma força que respeita nossas emoções e essência.
Heloísa Capelas pe CEO do Centro Hoffman e criadora do “Universo do Autoconhecimento”. Autora das publicações *Inovação emocional*, *Perdão, a revolução que falta* e *O mapa da felicidade*.

Compartilhar:

Saúde mental

A palavra resiliência está na moda. O termo, inicialmente emprestado da física, descreve a capacidade de materiais de se deformarem sob pressão sem perder suas propriedades. Hoje, essa ideia foi adaptada pelas ciências humanas para ilustrar como podemos enfrentar desafios, superar dificuldades e, ainda assim, manter a nossa integridade.

Resiliência é bem mais do que viver experiências, muitas vezes dolorosas, com aceitação e propósito, transformando os aprendizados em ferramentas para a vida. Também não se trata de superar rapidamente os problemas, mas sim sobre atravessá-los, respeitando nosso tempo e emoções, sem perder a nossa essência.

A minha avó dizia que não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe. Essa é uma reflexão muito sábia, no entanto, vale destacar que dentro de toda dor existe um aprendizado e é ele quem dará a você maturidade para crescer, ganhar mais integridade, se sentir mais disponível, flexível e mais dócil com a vida.

Eu costumo fazer uma metáfora da resiliência com o ferro, assim como o metal que, ao ser submetido ao fogo, se torna mais maleável e útil sem perder suas propriedades. O ser humano também pode se transformar positivamente ao passar por situações desafiadoras. A diferença está na maneira como encaramos essas experiências. Algumas qualidades são bem características às pessoas resilientes, elenquei algumas delas:

Pessoas resilientes reconhecem a realidade como ela é, sem resistir ou fugir dos desafios;

Elas entendem as próprias emoções e capacidades para navegar pelas adversidades. Perguntam-se “para que” estamos vivendo determinadas experiências, buscando significado em cada lição;

Cuidam de si com respeito e gentileza, mesmo em tempos difíceis.

A resiliência não é inata, mas sim uma habilidade desenvolvida por meio de práticas constantes de autoconhecimento e aceitação. Lembrando que atualmente temos nos deparado com uma felicidade tóxica, irreal e que nos pressiona a parecer bem a todo custo, negligenciando a importância de viver os momentos difíceis com autenticidade. 

Vale destacar que apesar das dificuldades, ainda sim é possível ser feliz, já que a felicidade real é uma escolha e quase sempre vem acompanhada de adversidades que a vida nos dá.

Ser resiliente não é negar a dor, mas abraçá-la como parte do processo de crescimento. É aceitar que a vida, como uma forja, nos transforma em algo mais forte e útil, sem que percamos a nossa essência.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura