Direto ao ponto

Resposta de combate à inflação podem ser diferencial estratégico no longo prazo

Os CFOs devem se concentrar em três áreas para transformar o combate ao aumento de preços em vantagem competitiva no longo prazo

Compartilhar:

Depois de décadas sob controle, o aumento de preços voltou a fazer parte da lista de problemas das lideranças em 2022, principalmente dos CFOs. O fenômeno não está restrito ao Brasil. Segundo o Ipea, em 2021, foram afetados desde os Estados Unidos e a Zona do Euro até países da América Latina e do Leste Europeu. Agora, e se essa inflação puder dar origem a vantagens estratégicas de longo prazo?

Para o *Gartner*, a deflação é possível, desde que adotando algumas ações em três áreas específicas e mantendo os investimentos em tecnologia, que proporcionam o efeito de deflação digital {veja quadro abaixo}. Isso ocorre quando o uso de tecnologia ajuda a reduzir permanentemente o custo dos negócios.

![Imagens Prancheta 1 cópia 32](//images.ctfassets.net/ucp6tw9r5u7d/3HwS7KJRscZp6WRPaTacCr/358568eb56d4679a1c26499e8ceab629/Imagens_Prancheta_1_c__pia_32.png)

### 1. Alinhar custos aos pontos de diferenciação
A crise inflacionária pode ser uma oportunidade para os CFOs reverem questões profundas que podem estar afetando a lucratividade das organizações. Eles podem identificar as áreas certas para dimensionar os custos, localizando os verdadeiros pontos de diferenciação para, em seguida, alocar volumes diferentes de investimentos, contribuindo com ativos, como patentes ou tecnologias para sustentar uma vantagem competitiva, ou com a fidelização de seus clientes.

### 2. Reavaliar a “área de superfície” da cadeia de fornecimento para minimizar interrupções
O *Gartner* define a área de superfície como a soma de todos os produtos, processos e redes que compõem a cadeia de fornecimento. A pressão inflacionária leva as organizações a identificarem e a mitigarem interrupções em cadeias individuais de fornecimento. Para o *Gartner*, os CFOs que incorporam um olhar de longo prazo para suas ações devem estar atentos ao dimensionamento correto da “área de superfície” da sua cadeia de fornecimento. A redução de interrupções desconhecidas no fornecimento gera uma vantagem competitiva de alto impacto frente à concorrência.

### 3. Monitorar os salários para se adaptar continuamente ao mercado
Com a perspectiva de inflação salarial, o Gartner recomenda a atuação conjunta da área de finanças com o RH para monitorar e ajustar dinamicamente a estratégia de remuneração e benefícios ao longo do ano. Dessa forma, garante-se que futuros incrementos no custo de pessoal valorizem unidades de negócios e funções que geram mais valor para a empresa, que ficaria à frente de possíveis ofertas dos concorrentes.

__Leia mais: [Um desafio de diversidade diferente: a inclusão dos ultraortodoxos em Israel](https://www.revistahsm.com.br/post/um-desafio-de-diversidade-diferente-a-inclusao-dos-ultraortodoxos-em-israel)__

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Inovação
O SXSW 2025 transformou Austin em um laboratório de mobilidade, unindo debates, testes e experiências práticas com veículos autônomos, eVTOLs e micromobilidade, mostrando que o futuro do transporte é imersivo, elétrico e cada vez mais integrado à tecnologia.

Renate Fuchs

4 min de leitura
ESG
Em um mundo de conhecimento volátil, os extreme learners surgem como protagonistas: autodidatas que transformam aprendizado contínuo em vantagem competitiva, combinando autonomia, mentalidade de crescimento e adaptação ágil às mudanças do mercado

Cris Sabbag

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
Geração Beta, conflitos ou sistema defasado? O verdadeiro choque não está entre gerações, mas entre um modelo de trabalho do século XX e profissionais do século XXI que exigem propósito, diversidade e adaptação urgent

Rafael Bertoni

0 min de leitura
Empreendedorismo
88% dos profissionais confiam mais em líderes que interagem (Edelman), mas 53% abandonam perfis que não respondem. No LinkedIn, conteúdo sem engajamento é prato frio - mesmo com 1 bilhão de usuários à mesa

Bruna Lopes de Barros

0 min de leitura
ESG
Mais que cumprir cotas, o desafio em 2025 é combater o capacitismo e criar trajetórias reais de carreira para pessoas com deficiência – apenas 0,1% ocupam cargos de liderança, enquanto 63% nunca foram promovidos, revelando a urgência de ações estratégicas além da contratação

Carolina Ignarra

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O SXSW revelou o maior erro na discussão sobre IA: focar nos grãos de poeira (medos e detalhes técnicos) em vez do horizonte (humanização e estratégia integrada). O futuro exige telescópios, não lupas – empresas que enxergarem a IA como amplificadora (não substituta) da experiência humana liderarão a disrupção

Fernanda Nascimento

5 min de leitura
Liderança
Liderar é mais do que inspirar pelo exemplo: é sobre comunicação clara, decisões assertivas e desenvolvimento de talentos para construir equipes produtivas e alinhada

Rubens Pimentel

4 min de leitura
ESG
A saúde mental no ambiente corporativo é essencial para a produtividade e o bem-estar dos colaboradores, exigindo ações como conscientização, apoio psicológico e promoção de um ambiente de trabalho saudável e inclusivo.

Nayara Teixeira

7 min de leitura
Empreendedorismo
Selecionar startups vai além do pitch: maturidade, fit com o hub e impacto ESG são critérios-chave para construir ecossistemas de inovação que gerem valor real

Guilherme Lopes e Sofia Szenczi

9 min de leitura
Empreendedorismo
Processos Inteligentes impulsionam eficiência, inovação e crescimento sustentável; descubra como empresas podem liderar na era da hiperautomação.

Tiago Amor

6 min de leitura