Sustentabilidade

Switchers: o que fazer para “pivotar” sua carreira

Novo livro de professora da Wharton School aponta dois caminhos para quem quer buscar um novo rumo profissional

Compartilhar:

Um dos erros mais comuns que as pessoas cometem quando não estão felizes no trabalho e pensam em dar uma guinada profissional é pensar que voltar a fazer uma faculdade é o caminho para a mudança.

A conclusão é da consultora de carreira Dawn Graham: “A menos que o curso seja muito prático, ofereça possibilidades de estágio ou propicie experiências relacionadas à vida real, uma nova graduação pode não abrir as portas que se espera”, afirma em entrevista à _Knowledge@Wharton._

Professora do programa de MBA da Wharton e autora do livro Switchers: _how smart professionals change careers and seize success_, a dra. Dawn, como é conhecida, faz sucesso na internet e em seu programa de rádio. Assim, se tornou uma referência para quem quer “pivotar” sua carreira – para usar um verbo que nasceu com as startups e significa uma mudança radical, como um giro de pião. Não é fácil, porque, como Dawn ressalta, quem quer pivotar sua carreira enfrenta obstáculos do sistema de recrutamento das empresas. Para a autora, muitas pessoas não chegam a concretizar seu sonho de mudança por conta das atuais práticas do mercado. Segundo ela, superar isso exige dois pontos: um plano A detalhado – e sem plano B – e uso de embaixadores mais do que de LinkedIn.

**Plano A, sem B****.** Dawn recomenda a elaboração de um plano detalhado de mudança, para que se tenha certeza do que se quer. E importante: é preciso se manter fiel ao plano A. “Se você não está confiante de que pode fazer a transformação que quer, por que outras acreditariam”, destaca. Segundo ela, quando o profissional em busca de uma guinada tem, desde o início, um plano B, ele tende a se mostrar menos motivado. “É a tendência natural, pois é assustador seguir em frente com algo que é totalmente novo e diferente.” 

**Embaixadores.** “O plano A deve incluir uma estratégia passo a passo para abrir uma trilha em meio aos preconceitos”, afirma. E os embaixadores, diz ela, são o caminho. Não basta uma boa rede de contatos para que possam surgir oportunidades novas. E ela manda ir bem além do LinkedIn: “Não basta conhecer pessoas. Você deve ter embaixadores”, diz. 

O embaixador, segundo a autora, é aquele que realmente conhece o profissional, seus planos de mudança de carreira e o valor que pode agregar à organização que empregá-lo. “Assim ele pode defender você e apresentar oportunidades”, explica Dawn. Onde encontrar seus embaixadores? A especialista recomenda “peneirar” sua própria rede de contatos e pensar nas pessoas mais próximas, com as quais você conversa no dia a dia. Pense se essas pessoas seriam capazes de resumir, em uma ou duas frases, o que você faz de modo a destacar seu valor. “Perdemos oportunidades quando pessoas que gostam de nós não conseguem verbalizar o que fazemos e nos indicar para um trabalho”, afirma Dawn. Se não, trate de capacitá-las.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Finanças
Com soluções como PIX, contas 100% digitais e um ecossistema de open banking avançado, o país lidera na experiência do usuário e na facilidade de transações. Em contrapartida, os EUA se sobressaem em estratégias de fidelização e pagamentos crossborder, mas ainda enfrentam desafios na modernização de processos e interfaces.

Renan Basso

5 min de leitura
Empreendedorismo
Determinação, foco e ambição são três palavras centrais da empresa, que inova constantemente – é isso que devemos fazer em nossas carreiras e negócios

Bruno Padredi

3 min de leitura
Empreendedorismo
Em um ambiente onde o amanhã já parece ultrapassado, o evento celebra a disrupção e a inovação, conectando ideias transformadoras a um público global. Abraçar a mudança e aprender com ela se torna mais do que uma estratégia: é a única forma de prosperar no ritmo acelerado do mercado atual.

Helena Prado

3 min de leitura
Liderança
Este caso reflete a complexidade de equilibrar interesses pessoais e responsabilidades públicas, tema crucial tanto para líderes políticos quanto corporativos. Ações como essa podem influenciar percepções de confiança e coerência, destacando a importância da consistência entre valores e decisões. Líderes eficazes devem criar um legado baseado na transparência e em práticas que inspirem equipes e reforcem a credibilidade institucional.

Marcelo Nobrega

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
Hora de compreender como o viés cognitivo do efeito Dunning-Kruger influencia decisões estratégicas, gestão de talentos e a colaboração no ambiente corporativo.

Athila Machado

5 min de leitura
ESG
A estreia da coluna "Papo Diverso", este espaço que a Talento Incluir terá a partir de hoje na HSM Management, começa com um texto de sua CEO, Carolina Ignarra, neste dia 3/12, em que se trata do "Dia da Pessoa com Deficiência", um marco necessário para continuarmos o enfrentamento das barreiras do capacitismo, que ainda existe cotidianamente em nossa sociedade.

Carolina Ignarra

5 min de leitura
Empreendedorismo
Saiba como transformar escassez em criatividade, ativar o potencial das pessoas e liderar mudanças com agilidade e desapego com 5 hacks práticos que ajudam empresas a inovar e crescer mesmo em tempos de incerteza.

Alexandre Waclawovsky

4 min de leitura
ESG
Para 70% das empresas brasileiras, o maior desafio na comunicação interna é engajar gestores a serem comunicadores dentro das equipes

Nayara Campos

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
A liderança C-Level como pilar estratégico: a importância do desenvolvimento contínuo para o sucesso organizacional e a evolução da empresa.

Valéria Pimenta

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
Um convite para refletir sobre como empresas e líderes podem se adaptar à nova mentalidade da Geração Z, que valoriza propósito, flexibilidade e experiências diversificadas em detrimento de planos de carreira tradicionais, e como isso impacta a cultura corporativa e a gestão do talento.

Valeria Oliveira

6 min de leitura