Um estrategista centralizador, guardião do lucro e responsável máximo pela direção da empresa. Esse era, até há alguns anos, à figura daquilo que representava ser um CEO de uma grande empresa. Porém, com as intensas mudanças mundiais em todos os âmbitos da sociedade, esse papel também sobre alterações.
Isso acontece porque em um cenário de disrupções constantes, sejam elas tecnológicas, sociais, econômicas e ambientais, a reinvenção da liderança no topo não é mais opcional: é vital. De ser aquele quem dita as regras, o CEO passou à atuar, cada vez mais, na escuta ativa do negócio.
O novo CEO é aquele que aprende com sua equipe e com o mercado. Esse recurso se tornou essencial, visto que vivemos em um mundo impulsionado por dados, IA generativa, ESG e diversidade. Nesse sentido, não basta saber onde se quer chegar – é preciso entender como conduzir o time em um cenário em que as rotas mudam o tempo todo.
Aquilo que podemos chamar de novo CEO contemporâneo deixa de lado o papel de ‘chefão’ e passa à ser encarado por seus liderados como um verdadeiro maestro, capaz de conduzir uma orquestra com diferentes talentos, tecnologias e estratégias de forma harmônica e ágil.
Outra mudança importante é que o CEO deixou de ser focado apenas em números e passou a ser o guardião do propósito do negócio. Tudo isso impulsionado pelos consumidores, que exigem propósito, pelos investidores, que exigem responsabilidade e, claro, pelos colaboradores, que precisam de coerência.
Por fim, a reinvenção do CEO não é, em nível algum, apenas uma tendência. Ela é um reflexo inevitável das transformações profundas que atravessam os negócios e a sociedade. Portanto, nunca se esqueça: liderar é, acima de tudo, um ato contínuo de adaptação.