Não me estranhe, caro leitor. Achei de bom-tom conjugar esse verbo no título, porque, após uma temporada exclusiva no mundo startup, ele se instala entre as empresas estabelecidas. “Pivotar” é um neologismo que significa girar, como o pião com que as crianças brincam ou o pivô do basquete no garrafão, mas, em gestão de negócios, remete a atuar em um novo mercado. Um didático artigo da McKinsey foi editado por nós em linguagem visual mais didática ainda para ensinar o essencial sobre essa ciência e arte.
Será que alguém já pivotou em gestão pública? Se sim, esse alguém foi o ícone dos gestores públicos, o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. Ele fez sua cidade dar a volta por cima ao vencer a violência, tanto a crônica, que lá havia, como a aguda, vista no ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. Em entrevista exclusiva, ele garante aos gestores públicos brasileiros que, qualquer que seja a cidade, segurança deve ser a prioridade da administração.
Sentindo-se inseguro, ninguém se educa, ninguém empreende, ninguém investe… Se Giuliani não tem papas na língua, o especialista em gestão de talentos Claudio Fernández-Aráoz, da Egon Zehnder, também não. Ele aborda com precisão a atual guerra por talentos que o Brasil e o mundo vivem, expondo causas e soluções – durante crises econômicas, inclusive. Outra área que requer sinceridade total é tema do Dossiê: o serviço ao cliente. Nosso tratamento impiedoso não poupa o leitor sobre as reais tendências mundiais e o quadro brasileiro. Lembrando que agora atuamos em uma economia de serviços, eu lhe pergunto: você deixa uma cadeira vazia para o cliente em todas as suas reuniões? Tem um executivo-chefe do cliente?
**SEXTA-FEIRA**
Poderia escrever sobre o artigo que ensina os executivos a usar o nível de consenso ideal em decisões coletivas e outras matérias ótimas, mas hoje, enquanto escrevo, é sexta-feira. Então, seguindo conselhos de nosso artigo sobre o lado obscuro da TI, começo a me desconectar, com duas saborosas reportagens sobre cerveja artesanal. Uma explica por que um Golias como a AB InBev quis fazer parceria com um Davi como a Wäls (pronuncia-se “vals”), de Belo Horizonte. A outra conta a história de um cluster de microcervejarias de Porto Alegre. Saúde!