ESG
5 min de leitura

Como as empresas devem promover o bem-estar nas organizações?

O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.
é CEO da I-Scaneo, uma HRtech focada em soluções de impacto social para empoderar os colaboradores das empresas brasileiras. Entre os benefícios está o Essencial, que tem como principal objetivo combater a pobreza menstrual oferecendo produtos de higiene íntima: absorventes internos e externos, coletores menstruais, calcinhas, etc. Atualmente, a empresa conta com mais de 35 parceiros, dos mais diversos segmentos: tecnologia, alimentação, saúde, arquitetura, moda, financeiros, dentre outros.

Compartilhar:

Nos últimos anos, o bem-estar dos colaboradores vem sendo uma demanda crescente nas empresas, principalmente após o período da pandemia de Covid-19, entre os anos de 2020 e 2022. Foi quando as necessidades dos colaboradores se tornaram mais complexas e diversificadas, exigindo das organizações uma abordagem inovadora e personalizada.

Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa recente realizada pela plataforma Infojobs, 86% das pessoas mudariam de emprego por questões de saúde mental ou satisfação no trabalho. Tamanha é a  importância da saúde mental que  recentemente foi sancionada pelo Congresso Nacional a Lei 14.831/2024, que institui o certificado de empresas promotoras da saúde mental, como um incentivo de boas práticas. 

Com a retomada da economia, e uma maior oferta de vagas, para se manterem competitivas, as organizações vêm adotando tecnologias oferecidas por startups conhecidas por HRtechs, que oferecem diversas estratégias para atrair e reter talentos, entre elas os benefícios corporativos flexíveis, que vão além dos tradicionais e previstos em lei, como: vale academia, alimentação para pets, higiene íntima, eventos culturais, saúde mental, educação continuada, dentre outros que podem ser escolhidos pelos colaboradores.

Por outro lado, o mercado de benefícios deve crescer anualmente 9,55% até 2028, movimentando mais de US$6,99 bilhões nesse período, segundo a consultoria global Technavio. Ao apoiar os colaboradores em suas despesas pessoais, as empresas demonstram comprometimento com o bem-estar a longo prazo. Porém, para que tudo isso aconteça, é importante que se crie dentro da cultura da empresa políticas voltadas para as pessoas em primeiro lugar. 

Este é um trabalho que deve ser realizado em conjunto com todas as áreas, independentemente das atribuições de cada setor. Líderes precisam de fato estar engajados e serem inspiradores para os liderados, porque, no final das contas, todos saem ganhando. Além de tudo isso, a empresa não só se moderniza com benefícios corporativos flexíveis, como garante que a experiência do colaborador seja prática e satisfatória. 

Em um mundo onde o digital faz parte da rotina, é necessário que as soluções se integrem de forma inteligente.  Quando os colaboradores se sentem cuidados e apoiados, há um aumento de produtividade e engajamento. Como consequência, menores índices do temido turnover e maior retenção de talentos.  A meu ver, o futuro do bem-estar é o agora e quem não estiver atento a isso, ficará para trás. E você, o que tem feito pela sua empresa?

Compartilhar:

Artigos relacionados

Uncategorized
A inovação vai além das ideias: exige criatividade, execução disciplinada e captação de recursos. Com métodos estruturados, parcerias estratégicas e projetos bem elaborados, é possível transformar visões em impactos reais.

Eline Casasola

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A IA é um espelho da humanidade: reflete nossos avanços, mas também nossos vieses e falhas. Enquanto otimiza processos, expõe dilemas éticos profundos, exigindo transparência, educação e responsabilidade para que a tecnologia sirva à sociedade, e não a domine.

Átila Persici

9 min de leitura
ESG

Luiza Caixe Metzner

4 min de leitura
Finanças
A inovação em rede é essencial para impulsionar P&D e enfrentar desafios globais, como a descarbonização, mas exige estratégias claras, governança robusta e integração entre atores para superar mitos e maximizar o impacto dos investimentos em ciência e tecnologia

Clarisse Gomes

8 min de leitura
Empreendedorismo
O empreendedorismo no Brasil avança com 90 milhões de aspirantes, enquanto a advocacia se moderniza com dados e estratégias inovadoras, mostrando que sucesso exige resiliência, visão de longo prazo e preparo para as oportunidades do futuro

André Coura e Antônio Silvério Neto

5 min de leitura
ESG
A atualização da NR-1, que inclui riscos psicossociais a partir de 2025, exige uma gestão de riscos mais estratégica e integrada, abrindo oportunidades para empresas que adotarem tecnologia e prevenção como vantagem competitiva, reduzindo custos e fortalecendo a saúde organizacional.

Rodrigo Tanus

8 min de leitura
ESG
O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

Charles Schweitzer

5 min de leitura
Finanças
Com projeções de US$ 525 bilhões até 2030, a Creator Economy busca superar desafios como dependência de algoritmos e desigualdade na monetização, adotando ferramentas financeiras e estratégias inovadoras.

Paulo Robilloti

6 min de leitura
ESG
Adotar o 'Best Before' no Brasil pode reduzir o desperdício de alimentos, mas demanda conscientização e mudanças na cadeia logística para funcionar

Lucas Infante

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
No SXSW 2025, a robótica ganhou destaque como tecnologia transformadora, com aplicações que vão da saúde e criatividade à exploração espacial, mas ainda enfrenta desafios de escalabilidade e adaptação ao mundo real.

Renate Fuchs

6 min de leitura