Estratégia e Execução

Covid-19 e o meio ambiente

Dois especialistas da PwC alertam para a importância de manter a proteção ao meio ambiente no centro da reconstrução da economia mundial pós-pandemia. Em artigo no portal __strategy + business__, eles elencam seis maneiras de colaborar para que a nova economia emerja saudável e resiliente para o futuro.

Compartilhar:

__OPORTUNIDADE AMBIENTAL DA COVID-19__

Em artigo no portal da revista strategy + business especialistas da PwC mostram seis formas pelas quais as empresas podem ajudar a preservar a natureza e combater as mudanças climáticas

A pandemia de Covid-19 evidenciou os riscos de uma crise sistêmica, que afeta todos os setores e não poupa nenhum tipo de organização. Ameaça semelhante, com escala global e enorme diversidade de fatores, é representada pela degradação ambiental e pelas mudanças climáticas, que pode trazer um impacto financeiro de aproximadamente US$ 600 trilhões. É por isso que a reconstrução da economia mundial pós-pandemia deve acontecer sob ótica da proteção ao meio ambiente.

O alerta é de dois especialistas da consultoria PwC, Celine Herweijer e Will Evison, que realizou um amplo estudo sobre riscos ambientais para o World Economic Forum. Em artigo no portal da revista strategy + business, eles oferecem seis formas pelas quais as empresas podem contribuir para erguer uma economia saudável e resiliente para o futuro.

Parceria com governos. Pacotes de estímulo “verdes” estão surgindo em muitas regiões, pois os governos reconhecem que a reconstrução ambientalmente responsável pode estimular o crescimento econômico e do emprego e criar um sistema mais resiliente.

Programas atrelados à sustentabilidade. À medida que os governos adotam medidas para resgatar e dar suporte direto a empresas de diversos setores, é natural que sejam levantadas questões sobre a capacidade de as organizações enfrentarem futuras crises e disrupções, incluindo mudanças climáticas. Em contrapartida ao apoio para enfrentar dificuldades financeiras decorrentes da Covid-19, empresas podem ser obrigada a fazer a transição para um futuro de baixo carbono.

Resiliência corporativa. Quando a poeira assentar, reguladores e investidores devem acelerar ações para precificar riscos sistêmicos. Por isso, é recomendável que as empresas priorizem a quantificação dos riscos materiais relacionados ao clima, ao longo das operações e cadeias de suprimentos, implementando processos de gerenciamento de riscos com governança eficaz, incentivos produtivos e divulgação robusta.

Desempenho ambiental, social e de governança (ESG). Os preços das ações das empresas que possuem as maiores classificações de ESG estão superando se destacando, pois caíram menos e estão se recuperando mais rapidamente desde o início da crise da Covid-19. Isso mostra que está se acelerado a tendência rumo a um capitalismo em que as organizações geram valor para todos os stakeholders, não apenas para os acionistas.

Novos modelos e práticas de negócios. O novo coronavírus trouxe novas formas de trabalho que, se mantidas, podem reduzir as emissões de gases do efeito estufa. É o caso do trabalho remoto e da valorização das cadeias de suprimentos locais.

Valor sustentável. A transformação necessária para entregar emissões líquidas zero, por exemplo, apresentará enormes oportunidades de criação de valor para aqueles que forem capazes de oferecer soluções nesse sentido.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando a IA desafia o ESG: o dilema das lideranças na era algorítmica

A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

ESG
Adotar o 'Best Before' no Brasil pode reduzir o desperdício de alimentos, mas demanda conscientização e mudanças na cadeia logística para funcionar

Lucas Infante

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
No SXSW 2025, a robótica ganhou destaque como tecnologia transformadora, com aplicações que vão da saúde e criatividade à exploração espacial, mas ainda enfrenta desafios de escalabilidade e adaptação ao mundo real.

Renate Fuchs

6 min de leitura
Inovação
No SXSW 2025, Flavio Pripas, General Partner da Staged Ventures, reflete sobre IA como ferramenta para conexões humanas, inovação responsável e um futuro de abundância tecnológica.

Flávio Pripas

5 min de leitura
ESG
Home office + algoritmos = epidemia de solidão? Pesquisa Hibou revela que 57% dos brasileiros produzem mais em times multidisciplinares - no SXSW, Harvard e Deloitte apontam o caminho: reconexão intencional (5-3-1) e curiosidade vulnerável como antídotos para a atrofia social pós-Covid

Ligia Mello

6 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo de incertezas, os conselhos de administração precisam ser estratégicos, transparentes e ágeis, atuando em parceria com CEOs para enfrentar desafios como ESG, governança de dados e dilemas éticos da IA

Sérgio Simões

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Os cuidados necessários para o uso de IA vão muito além de dados e cada vez mais iremos precisar entender o real uso destas ferramentas para nos ajudar, e não dificultar nossa vida.

Eduardo Freire

7 min de leitura
Liderança
A Inteligência Artificial está transformando o mercado de trabalho, mas em vez de substituir humanos, deve ser vista como uma aliada que amplia competências e libera tempo para atividades criativas e estratégicas, valorizando a inteligência única do ser humano.

Jussara Dutra

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A história familiar molda silenciosamente as decisões dos líderes, influenciando desde a comunicação até a gestão de conflitos. Reconhecer esses padrões é essencial para criar lideranças mais conscientes e organizações mais saudáveis.

Vanda Lohn

5 min de leitura
Empreendedorismo
Afinal, o SXSW é um evento de quem vai, mas também de quem se permite aprender com ele de qualquer lugar do mundo – e, mais importante, transformar esses insights em ações que realmente façam sentido aqui no Brasil.

Dilma Campos

6 min de leitura
Uncategorized
O futuro das experiências de marca está na fusão entre nostalgia e inovação: 78% dos brasileiros têm memórias afetivas com campanhas (Bombril, Parmalat, Coca-Cola), mas resistem à IA (62% desconfiam) - o desafio é equilibrar personalização tecnológica com emoções coletivas que criam laços duradouros

Dilma Campos

7 min de leitura