Uncategorized

O retorno que importa é sobre o aprendizado

As empresas adotarão essa nova métrica – ROL – e as pessoas precisarão virar aprendizes para a vida toda
__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Compartilhar:

“Aprendemos trabalhando, trabalhamos aprendendo.” Essa frase é um dos pilares da cultura HSM, e confesso que é a de que mais gosto e com a qual mais me identifico. Talvez seja mesmo esse o motivo pelo qual sinto prazer em trabalhar na HSM. Ter uma cultura que inclui o aprendizado contínuo como parte do trabalho – e materializa isso contabilizando o tempo dedicado a aprender e valorizando os experimentos, até os fracassados – faz toda a diferença para quem é profissional no século 21. 

Ninguém mais aguenta ouvir falar de mundo VUCA, eu sei, mas não há como escapar dele. É só com a real compreensão dessas circunstâncias voláteis, incertas, complexas e ambíguas sintetizadas na sigla que entendemos, rápida e profundamente, quão necessário é  se adaptar. Precisamos nos adaptar a tudo: à velocidade das mudanças, aos novos formatos de trabalho, às novas exigências do mercado, às novas tecnologias. E não existe adaptação sem aprendizado – todas as pessoas terão de se tornar aprendizes para a vida.

Os indivíduos – muitos, ao menos– já estão fazendo sua parte, buscando aprendizado com mais frequência, e indo além dos diplomas e da sala de aula tradicional. É só observar a demanda por podcasts, audiobooks, plataformas de conteúdo on demand, MOOCs etc. 

Mas e as organizações? Quanto elas estão se movimentando? Sua empresa, por exemplo, tem uma cultura de aprendizado contínuo? Deveria. Como diz Salim Ismail, referência em crescimento exponencial, a métrica de sucesso organizacional mais relevante no futuro próximo não será o ROI (retorno sobre investimento), e sim o ROL (sigla em inglês de retorno sobre o aprendizado).

Talvez você responda que sua empresa faz, sim, a parte dela. Que, nos últimos anos, adotou intraempreendedorismo, job rotation, squads e times multifuncionais, mindset de crescimento e outros “mecanismos” para acelerar o aprendizado dos colaboradores e da própria organização.

É verdade que tudo isso ajuda. Mas também é verdade que não basta. Por exemplo, ainda é comum ver o incentivo a treinamentos se voltar para funcionários em ascensão nas carreiras ou para habilidades específicas, quando o foco deveria ser o de criar uma cultura comum e promover o desenvolvimento pessoal de cada um (protagonismo, autodesenvolvimento e autoconhecimento incluídos). O escopo precisaria ser ampliado, com o objetivo indo do “know-how” – que visa as habilidades técnicas – para o “know-why”. Por exemplo, na HSM, já adotamos esse novo escopo com o conceito “OMNI Learning”. OMNI – tudo, em latim – é um acrônimo para aprendizagem orgânica, mobile, não linear e integrada, que dá suporte à performance organizacional. 

Então, proponho ao leitor que responda a duas perguntas: (1) Você está se tornando um lifelong learner? (2) Sua empresa seria aprovada na métrica ROL?

Compartilhar:

__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Artigos relacionados

Quando a IA desafia o ESG: o dilema das lideranças na era algorítmica

A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Liderança
O problema está na literatura comercial rasa, nos wannabe influenciadores de LinkedIn, nos só cursos de final de semana e até nos MBAs. Mas, sobretudo, o problema está em como buscamos aprender sobre a liderança e colocá-la em prática.

Marcelo Santos

8 min de leitura
ESG
Inclua uma nova métrica no seu dashboard: bem-estar. Porque nenhum KPI de entrega importa se o motorista (você) está com o tanque vazio

Lilian Cruz

4 min de leitura
ESG
Flexibilidade não é benefício. É a base de uma cultura que transformou nossa startup em um caso real de inclusão sem imposições, onde mulheres prosperam naturalmente.

Gisele Schafhauser

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O futuro da liderança em tempos de IA vai além da tecnologia. Exige preservar o que nos torna humanos em um mundo cada vez mais automatizado.

Manoel Pimentel

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Setores que investiram em treinamento interno sobre IA tiveram 57% mais ganhos de produtividade. O segredo está na transição inteligente.

Vitor Maciel

6 min de leitura
Empreendedorismo
Autoconhecimento, mentoria e feedback constante: a nova tríade para formar líderes preparados para os desafios do trabalho moderno

Marcus Vaccari

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Se seu atendimento não é 24/7, personalizado e instantâneo, você já está perdendo cliente para quem investiu em automação. O tempo de resposta agora é o novo preço da fidelização

Edson Alves

4 min de leitura
Inovação
Enquanto você lê mais um relatório de tendências, seus concorrentes estão errando rápido, abolindo burocracias e contratando por habilidades. Não é só questão de currículos. Essa é a nova guerra pela inovação.

Alexandre Waclawovsky

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura