Uncategorized

Talita André, líder em empreendedorismo social

CEO do Grupo Anga, estrategista da Eureca e conselheiro do Capitalismo Consciente Brasil

Compartilhar:

Aos 29 anos, ela é considerada uma liderança importante em empreendedorismo social no Brasil. No entanto, não chegou aí à toa. Talita André viveu na pele a desigualdade socioeconômica do País. Aos 16 anos, frequentava aulas em um colégio de elite em São Paulo – pago com muito esforço dos pais – e em um curso técnico de escola pública. Pela manhã, estava em um mundo onde o futuro era garantido e, à tarde, misturava-se com quem precisava agarrar qualquer oportunidade que aparecesse para ter uma chance. 

Talita teve um insight fundamental nessa vivência: todos temos de nos posicionar como parte do problema e da solução ao mesmo tempo, ou nunca cairão os muros que separam a sociedade. O mundo que tem chances de dar certo, na visão dela, é o mundo integrado. 

Não foi na Universidade de São Paulo (USP), onde se graduou em marketing, que a estudante achou a possibilidade que tanto buscava de promover a integração. Foi na Aiesec, um movimento de liderança jovem que tem como missão a paz mundial. Sua primeira experiência profissional seguiu a mesma linha. Talita estagiou na organização sem fins lucrativos Artemisia, onde se conectou com o idealismo pragmático de gerar negócios de impacto social no Brasil. Ali ela descobriu, por exemplo, que sucesso financeiro na trajetória profissional e transformação do mundo podem andar de mãos dadas. Ali também pôde tomar a iniciativa de fundar um movimento, chamado Choice, em que os talentos universitários do País podiam trabalhar com negócios sociais, tornando-se seus embaixadores. 

SAIBA MAIS SOBRE TALITA ANDRÉ

Ela é consultora de projetos na Fundação Arymax, do Grupo Suzano, responsável pelas áreas de inovação social, avaliação de impacto e comunicação. Antes, foi diretora de produto da Escola Lumiar e teve uma consultoria focada em educação e estratégia para negócios sociais.

A educação complementar contribuiu para sua trajetória bem-sucedida, é claro. Talita participou de programas de educação executiva e de empreendedorismo do Boston College e da Harvard University. Um dos resultados disso é sua atuação, hoje, como consultora de projetos da prestigiada Fundação Arymax, ligada ao Grupo Suzano. 

A que Talita André atribui o fato de ser uma high potential da gestão de negócios sociais? 

• À empatia e à visão sistêmica, que lhe permitiram processar as experiências da escola e da Aiesec. 

• À influência do idealismo pragmático da Artemisia e à possibilidade de empreender ali um movimento, o Choice. 

• À participação em vários projetos na iminência de mudar – “o alto grau de incerteza e o desconforto despertam a necessidade de cocriar com todos os stakeholders e de entender a real causa em jogo”. 

• Ao entendimento de que, em um mundo marcado por grandes transformações, é preciso aprender a conviver com a falta de controle. 

• À interação com outras gerações e à confiança que nasce daí. “Por isso recomendo a mentoria, e a mentoria reversa, como forma de quebrar barreiras e construir pontes. Esse é um dos grandes passos a serem dados por todas as pessoas e organizações.”

Compartilhar:

Artigos relacionados

Inovação

Living Intelligence: A nova espécie de colaborador

Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Liderar GenZ’s: As relações de trabalho estão mudando…

Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Liderança
Por em prática nunca é um trabalho fácil, mas sempre é um reaprendizado. Hora de expor isso e fazer o que realmente importa.

Caroline Verre

5 min de leitura
Inovação
Segundo a Gartner, ferramentas low-code e no-code já respondem por 70% das análises de dados corporativos. Entenda como elas estão democratizando a inteligência estratégica e por que sua empresa não pode ficar de fora dessa revolução.

Lucas Oller

6 min de leitura
ESG
No ATD 2025, Harvard revelou: 95% dos empregadores valorizam microcertificações. Mesmo assim, o reskilling que realmente transforma exige 3 princípios urgentes. Descubra como evitar o 'caos das credenciais' e construir trilhas que movem negócios e carreiras.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Empreendedorismo
33 mil empresas japonesas ultrapassaram 100 anos com um segredo ignorado no Ocidente: compaixão gera mais longevidade que lucro máximo.

Poliana Abreu

6 min de leitura
Liderança
70% dos líderes não enxergam seus pontos cegos e as empresas pagam o preço. O antídoto? Autenticidade radical e 'Key People Impact' no lugar do controle tóxico

Poliana Abreu

7 min de leitura
Liderança
15 lições de liderança que Simone Biles ensinou no ATD 2025 sobre resiliência, autenticidade e como transformar pressão em excelência.

Caroline Verre

8 min de leitura
Liderança
Conheça 6 abordagens práticas para que sua aprendizagem se reconfigure da melhor forma

Carol Olinda

4 min de leitura
Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura