O “time-to-market” ainda batiza uma enorme pedra no sapato de muitos empreendedores? Sim. É bem oportuno, portanto, o artigo de Flávio Pripas no portal *Latin American Business Stories (Labs)* relembrando a lição-chave de um benchmark na técnica: o Airbnb. Como anfitrião do Cubo em São Paulo, Pripas recebeu Joe Gebbia, cofundador do Airbnb, sete anos atrás. E ouviu de Gebbia que o Airbnb teve time-to-market porque os founders equilibraram dois olhares.
Um olhar de fora para dentro, que trouxe os movimentos do mercado para a empresa, mostrou que os potenciais clientes já estavam prontos para entender aquele modelo de negócio. Mas o olhar de dentro para fora, baseado em escuta ativa do consumidor, deixou claro que ninguém poria estranhos dentro de casa se não confiasse muito nas relações online – “stranger is danger, afinal”. Então, para haver time-to-market, a credibilidade da plataforma devia ser cuidadosa e ativamente construída, com apoio dos investidores. E assim foi.
É comum, e menos custoso, contentar-se com só um desses olhares. Porém o time-to-market fica mais distante.
Artigo publicado na HSM Management nº 154
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