Desenvolvimento pessoal

Vai doer. Mas ao menos 21 novos empregos devem surgir

É o que prevê o Center For The Future of Work, da consultoria cognizant, que dessa maneira quer orientar as pessoas a conseguir emprego e a manter-se nele ao longo dos próximos dez anos

Compartilhar:

Nunca se falou tanto do futuro do trabalho e, ao mesmo tempo, do medo de um futuro sem emprego. Não é difícil entender por quê: a automação de diversas atividades é crescente enquanto a inteligência artificial (IA) se torna uma realidade, passando a estar presente nas mais diferentes dimensões da vida cotidiana. 

“Quando as máquinas parecem capazes de fazer (quase) tudo, é natural que as pessoas comecem a se perguntar o que vai sobrar para elas fazerem”, reconhece o estudo 21 Jobs for the Future, do Center for the Future of Work, ligado à consultoria Cognizant, que se propõe a ser um guia para quem quer conseguir emprego e manter-se empregado ao longo dos próximos dez anos. 

O relatório admite que muitas transformações serão dolorosas e que, de fato, diversas funções vão deixar de existir, mas tem uma conclusão bastante clara: “No futuro, o trabalho vai mudar, mas não vai deixar de existir”. 

O ponto de partida do estudo são as principais tendências econômicas, políticas, demográficas, sociais, culturais, tecnológicas e no mundo dos negócios. “Acreditamos que essas atividades emergentes poderão criar empregos em massa, oferecendo oportunidades para as pessoas nos escritórios, lojas e fábricas afetadas pela tecnologia”, destaca o relatório.

Veja exemplos dos 21 novos trabalhos: 

**Detetive de dados:** deve gerar informações relevantes a partir da investigação dos dados gerados pela internet das coisas (IoT) e pelos equipamentos digitais em geral.

**Alfaiate digital:** vai atuar próximo aos consumidores para assegurar que as roupas adquiridas online sirvam perfeitamente.

**Diretor de diversidade genética:** uma das funções que, segundo o estudo, só deve se tornar realidade por volta de 2028. Surgirá da necessidade de assegurar nas empresas a diversidade genética.

E as outras 18 novas ocupações? Eis o resto da lista: mestre de edge computing (fará o roadmap de IoT, por exemplo), analista de machine learning quântico, construtor de jornada de realidade aumentada, técnico de saúde com suporte de IA, ciberanalista municipal, diretor de confiança, coach de bem-estar financeiro, facilitador de conexão de TI individual, diretor de portfólio de genomas, corretor de dados pessoais, gestor de desenvolvimento de negócios com IA, gestor de compras éticas, conselheiro de fitness, sherpa de lojas virtuais, gestor de times homem-máquina, controlador de tráfego aéreo urbano (drones), curador de memórias pessoais e, por fim, passeador/conversador para idosos. Prepare o CV!

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Inovação
O SXSW 2025 transformou Austin em um laboratório de mobilidade, unindo debates, testes e experiências práticas com veículos autônomos, eVTOLs e micromobilidade, mostrando que o futuro do transporte é imersivo, elétrico e cada vez mais integrado à tecnologia.

Renate Fuchs

4 min de leitura
ESG
Em um mundo de conhecimento volátil, os extreme learners surgem como protagonistas: autodidatas que transformam aprendizado contínuo em vantagem competitiva, combinando autonomia, mentalidade de crescimento e adaptação ágil às mudanças do mercado

Cris Sabbag

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
Geração Beta, conflitos ou sistema defasado? O verdadeiro choque não está entre gerações, mas entre um modelo de trabalho do século XX e profissionais do século XXI que exigem propósito, diversidade e adaptação urgent

Rafael Bertoni

0 min de leitura
Empreendedorismo
88% dos profissionais confiam mais em líderes que interagem (Edelman), mas 53% abandonam perfis que não respondem. No LinkedIn, conteúdo sem engajamento é prato frio - mesmo com 1 bilhão de usuários à mesa

Bruna Lopes de Barros

0 min de leitura
ESG
Mais que cumprir cotas, o desafio em 2025 é combater o capacitismo e criar trajetórias reais de carreira para pessoas com deficiência – apenas 0,1% ocupam cargos de liderança, enquanto 63% nunca foram promovidos, revelando a urgência de ações estratégicas além da contratação

Carolina Ignarra

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O SXSW revelou o maior erro na discussão sobre IA: focar nos grãos de poeira (medos e detalhes técnicos) em vez do horizonte (humanização e estratégia integrada). O futuro exige telescópios, não lupas – empresas que enxergarem a IA como amplificadora (não substituta) da experiência humana liderarão a disrupção

Fernanda Nascimento

5 min de leitura
Liderança
Liderar é mais do que inspirar pelo exemplo: é sobre comunicação clara, decisões assertivas e desenvolvimento de talentos para construir equipes produtivas e alinhada

Rubens Pimentel

4 min de leitura
ESG
A saúde mental no ambiente corporativo é essencial para a produtividade e o bem-estar dos colaboradores, exigindo ações como conscientização, apoio psicológico e promoção de um ambiente de trabalho saudável e inclusivo.

Nayara Teixeira

7 min de leitura
Empreendedorismo
Selecionar startups vai além do pitch: maturidade, fit com o hub e impacto ESG são critérios-chave para construir ecossistemas de inovação que gerem valor real

Guilherme Lopes e Sofia Szenczi

9 min de leitura
Empreendedorismo
Processos Inteligentes impulsionam eficiência, inovação e crescimento sustentável; descubra como empresas podem liderar na era da hiperautomação.

Tiago Amor

6 min de leitura